09 novembro 2005

Violência em Paris (V) e a "Al Reuters"

Em um site, leio que no Cairo um sacerdote muslim egípcio, responsável por chamar os muçulmanos para as orações diárias, não suportou mais o peso de só ter filhas mulheres - uma humilhação para a cultura islâmica - e, depois de ter expulsado a mulher de casa, esfaqueou as sete no quarto enquanto dormiam, matando quatro. Alguém poderia argumentar que a lei islâmica não suporta assassinatos de crianças do sexo feminino, mas é fato que a misoginia, a violência e o senso de honra associados a filhos homens, aspectos da cultura de fundo islâmico, é determinante nessa história. A notícia em inglês está AQUI, e uma análise interessante do que ocorreu AQUI. Se você quiser ler a notícia em português, se for para o Terra terá a mesma carga de informação, mas se por azar acessar o Yahoo Notícias irá verificar que esse segundo site fez igualzinho a mídia francesa com relação aos levantes em Paris, distorcendo por completo a notícia: omitiu o cargo religioso do homem e o motivo do crime, enfatizando, em vez disso, ridículas discussões domésticas entre o homem e as mulheres da casa. Sorte minha (e dos leitores deste blog) que eu já tinha lido a nota completa antes de ler a versão adulterada em português. Mas não admira: enquanto o Terra usa a AFP como fonte, o Yahoo Notícias (e boa parte da mídia brasileira) reproduz as reportagens da Reuters, uma agência americana de notícias que já foi chamada ironicamente de "Al Reuters" por um dos blogs que pesquisei - ou seja, visivelmente comprometida em manter uma imagem lisa do islamismo no mundo. Comece a prestar atenção nas reportagens da Reuters, conferindo-as com outras, e com certeza você será testemunha de mais discrepâncias na mesma linha. Aproveite e poste-as aqui. Precisamos fazer isso porque com certeza há muito mais coisa de podre que possamos imaginar por baixo dos panos nessa relação entre esquerdismo (orientação da Reuters) e terrorismo islâmico...

Mais sobre o Egito, especificamente sobre a mudança de mentalidade que a conversão ao cristianismo proporciona a sacerdotes islâmicos, você encontra (em inglês) aqui.

Um comentário:

Elise disse...

para entender ainda melhor o islão e o mundo árabe, recomendo estes dois sites:

www.memri.org

www.memritv.org

uma religião que em pleno séc XXI, com a globalização ainda discute direitos básicos da mulher, só pode ser classificada como misógena.