16 outubro 2013

E os filhos?

Herbert Schlossberg (em Idols for Destruction [Ídolos para destruição]) me impressionou muito quando, ao mencionar o aborto e a desvalorização da maternidade, associou essa constante moderna ao culto a Moloque. É isso mesmo: nossa época tem sacrificado seus filhos, literal ou simbolicamente, sobretudo como parte do culto a Mamon. E, como disse Paul Washer em uma pregação dirigida às esposas, estamos desprezando tanto as crianças quanto as mulheres ao reforçar em nossas escolhas uma cultura que só se preocupa com carreira profissional, salário, competitividade, poder, símbolos de status e demais ênfases públicas para inflar o ego e posicionar pessoas no topo de uma escala darwiniana.

Quando preparei minha palestra para a Conferência Fiel 2013, deixei de fora, propositalmente, a questão da criação de filhos. Achei melhor abordar esse assunto só depois que tivesse uma experiência direta (engravidei mas perdi meu bebê, como meu marido contou aqui e eu conto em meu livro). Mas posso dizer que venho me preparando para ser mãe - abrindo essa imensa disponibilidade em minha vida - desde que eu e André nos casamos. Na época, eu já tinha terminado o doutorado em literatura francesa, mas não estava disposta a construir uma carreira acadêmica - antes, queria abençoar a igreja fazendo aquilo que mais amo desde pequena: escrever. E André me deu a confirmação de que eu precisava: ele preferia que eu não trabalhasse fora, mas desenvolvesse esse dom para abençoar meus irmãos.

Como Deus é bom!

Claro que não foi facílimo abrir mão de ganhar meu dinheiro. Ainda é esquisito quando penso que preciso pedir tudo o que eu quero a meu marido - e ganhar alguns "nãos", pois, como toda mulher, sou pidona, hehe! (Ainda assim, não posso reclamar, pois André não é sovina, pelo contrário!) Mas é bem menos esquisito que a dor que eu sentia ao ocupar meu tempo fazendo coisas que eu não amava e deixando de fazer as mais importantes, aquelas para as quais eu sinto que Deus me chamou: estudar, refletir e contribuir para a edificação na fé, por meio da escrita e também de minha presença santificadora junto a pessoas queridas. E essa presença, para a mulher casada, é exercida principalmente no lar.

Por isso, resolvi compartilhar no blog esses dois textos (parte 1 e parte 2) de Ana Carolina Oliveira, que conta o mesmo processo de abandono de uma vida predominantemente lá fora (com todos os louros) pela presença santificadora no lar - mas com filhos na equação. Boa leitura!

2 comentários:

Petrônio disse...

Excelente texto.
Tenho percebido como a questão de filhos tem sido massacrada em nossa época.
Infelizmente, isso ocorre também dentro da Igreja. Recentemente ganhei meu segundo filho (está com 1 semana de vida, e o mais velho está com 1 ano e 9 meses), e percebo como muitos irmãos se assombram com isso, e perguntam logo se foi acidental. Não, não foi acidental, foi planejadíssimo.

Vejo a influência secular agindo sobre os casais na Igreja.

Parace que olhamos muito para o que o mundo diz sobre filhos: despesa, trabalho, cansaço, preocupação, etc. E esquecemos o que Deus diz sobre filhos: herança que estou colocando aos seus cuidados.

Obrigado pelos ensinamentos, irmã!

Dani Lima disse...

Norma tenho dois filhos uma menina de 11 anos e um menino que vai fazer 5, diferente de vc eu não tinha uma carreira então não foi difícil pra mim parar de trabalhar ainda mais em semanas como essa que meus filhos tiveram aulas em dias salteados ou nas férias. Sempre penso nisso quando vejo a experiências das amigas e parentes todas precisam das mães, sogras muiiito(e eu não tenho não pra isso)Más como cristã sempre vejo a mão de Deus em td, foi bom porque eu não sabia o que eu queria ser quando crescesse, vou fazer o caminho contrario da maioria e voltar a estudar o ano que vem, assim quando eles já estiverem maiores irei ao mercado de trabalho com uma profissão. Sem trabalhar fui a ultima a ter carro a que não faz viagens caras, nosso lazer é regrado. Más fui a única que criou os filhos integralmente para o bem e para o mau, se errei foram meus erros e de mais ninguém! VIVI CADA FASE INTENSAMENTE!E não tenho saudades de nada a melhor idade deles é a de hoje. Tudo vai dar certo pra você também, na maioria das vezes!Rs a missão é grande más possível e recompensadora. Abraço