Ouvi com certa tristeza um amigo contar que, ao saberem que o autor Henri Nouwen (que ainda não li, mas encabeça minha lista) é católico, alguns evangélicos se levantam, indignados, para protestar junto à livraria que lhes vendeu o livro ou à editora que o publicou. Sentem-se ludibriados, pois. Ora, eu costumo circular entre gente que conhece bem o evangelho, pastores e professores de seminário (cristãos de verdade, não liberais), e só ouço elogios rasgados a Nouwen. O que me leva a pensar: os cristãos protestantes que rejeitam Nouwen somente por ele ser católico, sem lê-lo, estão ignorando um dos mais elementares princípios paulinos, provar de tudo e reter o que é bom – recomendação que nos encoraja a buscar o discernimento em vez de nos fecharmos para o mundo, em vez de colocar apressadamente em tudo rótulos maniqueístas com base em primeiras impressões ou em uma cultura evangélica excessivamente voltada para si.
Por outro lado, há muitos cristãos que abusam do princípio, retendo mais do que se deve a partir de conteúdos claramente anticristãos. É o caso de quem vai estudar filosofia e presta mais atenção a um Nietszche que a um Voegelin. Enquanto o primeiro exalta valores claramente contrários ao que Jesus ensina, o segundo realiza um esforço monumental para repor a transcendência no centro de seus estudos – tentando reverter aquilo que pode ser atribuído a boa parte dos filósofos franceses desde a Revolução, que declararam guerra à metafísica e se nutrem de um fundo imanente para todas as suas teorias. Por causa disso, essa tendência imanentista é hoje tão dominante nos cursos universitários que menções ao transcendente não são bem-vindas em aulas e trabalhos acadêmicos, mas rechaçadas como algo ultrapassado ou restritivo à liberdade – no melhor estilo revolucionário, com sua forçada construção do ateísmo como intrinsecamente “libertário”, orientação seguida à risca por Marx, Foucault, Deleuze e outros, e adotada por muitos estudantes universitários que não têm acesso a outras leituras.
Algumas dessas leituras, tão contrárias ao ateísmo quanto ao esquerdismo, são esquecidas pelo meio educacional brasileiro por causa da pecha de “direitismo”. Ora, sem se livrar desse tamanho preconceito, a intelectualidade evangélica dificilmente sairá do atoleiro dos autores imanentistas, porque grande parte dos autores que os contestam é mesmo anti-esquerdista – mas com grande conhecimento de causa. Aos progressistas evangélicos, uma sugestão, portanto: que tal aplicar o princípio do “reter o que é bom” ao que tão desdenhosamente tem sido chamado de “conservadorismo” ou “fundamentalismo”? Garanto que mais pérolas seriam achadas ali onde mais se despreza, enquanto o resultado de leituras marxistas e nietszcheanas descuidadas costuma ser a confusão mental, quando não o esfriamento da fé. Afinal, não se pode esperar muito de quem nega todo princípio transcendente, colocando o homem como fim e medida de todas as coisas.
Sugestão de autores: Eric Voegelin, René Girard, Louis Lavelle, Paul Johnson, Olavo de Carvalho, Mário Ferreira dos Santos, Ortega y Gasset, Viktor Frankl, Hannah Arendt, Martin Buber, Constantin Noica, Julián Marías, Xavier Zubiri, Chesterton, Dostoiévsky. Nenhum deles imanentista. Todos de inestimável valor. Para saber mais, vale a pena uma olhada no blog da minha amiga Isabela, Virtue.
P.S. Nunca é tarde para se corrigir. Meses mais tarde, em fevereiro de 2007, li um livro de Nouwen pela primeira vez. Trata-se de um dos piores livros que já tive o desprazer de ler em toda a minha vida. Confira por quê nesse post.
23 comentários:
Trocar o estudo das obras de pensadores que crêem em Deus, pelo simples fato de serem taxados de “de direita”, pelo exame dos escritos de sofistas blasfemadores como Nietzsche, Sartre e ateus irresponsáveis como Marx e Voltaire é uma atitude que jamais deveria ser cogitada por um evangélico que não queira ser chamado de idiota. Mas a hegemonia das idéias esquerdistas, que, como constatou Eric Voegelin, tem raízes no gnosticismo anticristão dos primeiros séculos das Era Cristã, domina o cenário intelectual brasileiro de forma nefasta. Bela troca essa que os tais “progressistas evangélicos" andam fazendo...
E se os evangélicos brasileiros resolvessem ler “O Jardim das Aflições”, de Olavo de Carvalho, não só teriam uma visão maior da relevância do cristianismo na formação do Ocidente e da fragilidade das teorias materialistas modernas, como perceberiam o tamanho do equívoco que é persistir nessa folia besta de se dizer socialista ou liberal.
Oi Norma,
Boa sorte com as novas medidas de moderação.
Olha, tenho três livros do Nouwen aqui em casa, e, sinceramente, fui muito enriquecido. É um grande mestre de espiritualidade cristã, algo que impressiona.
Quanto ao conselho de Paulo, é de fato a postura mais sincera. Eventualmente aparecem coisas boas de quem não presta, digamos.
Meu sogro estava comentando comigo de um teólogo reformado chamado Cornelius Van Til, algo assim. Ele foi um grande crítico da teologia de Karl Barth. Ele me disse que quando Van Til morreu, encontraram em seu escritório uns volumes da Dogmática de Barth cheios de anotações e observações em toda ela. Essa é a postura. Quer criticar? Esmere-se, ao menos.
Abraços.
Pois é, Eliot, o quanto os evangélicos perdem por causa dessas dicotomias e da falta de discernimento com relação ao que é realmente importante...
Que bom, Nagel: mais uma opinião entusiasta das obras de Nouwen. Quanto à leitura crítica, é isso mesmo; mas eu estou louca para terminar logo o doutorado e passar da leitura crítica à leitura mais aproveitável, digamos - deixar de lado um moderno relativista e afundar com gosto e sem culpa na leitura de um dos autores que citei no post. (A culpa reside no fato de que, como doutoranda, não posso ler prioritariamente o que tenho vontade, mas o que é importante para a tese...)
Cara Norma:
Você tem toda razão. A rejeição pelo rótulo é um reflexo da falta de percepção da doutrina da Graça Comum. A Bíblia nos ensina a realização de obras de mérito e valor por aqueles que não reconhecem a Deus. A correta apreciação da cultura é uma responsabilidade do cristão, sob pena de introverter-se e gerar um modus vivendi próprio, de interação emocional intensa com congêneres, mas totalmente destituído de relevância e contato com o mundo no qual fomos colocados a testemunhar da luz. Esse é o retrato de grande parte do evangelicalismo. Mas o que é pior, e você aponta e identifica, são aqueles que divorciam as premissas da fé da apreciação cultural e aceitam de forma acrítica tudo o que vem, principalmente daqueles cujas filosofias contrariam as bases da realidade revelada nas Escrituras. São os que compartimentalizam a fé aos domingos e ficam insensíveis a posturas e princípios cristãos quebrados por intelectuais de algibeira.
Parabéns na nova condução do Blog. Os comentários ficaram meio estranhos e desrespeitosamente arrogantes, nos últimos dias.
Solano
Norminha,
que Deus continue abençoando e usando suas postagens para articularmos uma fé + pensante. Fique firme na caminhada!
Quanto a Henri Nouwen, realmente o cara é muito bom. Suas reflexões sobre espiritualidade são profundas e algumas até mesmo bíblicas, com certeza retive o que é bom.
Porém, gostaria de ressaltar que Nouwen é universalista e neo-liberal em sua teologia. Isso não fica claro em seus escritos porque ele trabalha com espiritualidade então seus pressupostos teólogicos não ficam claros porque a línguagem da espiritualidade não toca em critérios teológicos. Mesmo assim tem coisa muito boa em seus escritos. Porém retemos o que é bom sendo simples e ao mesmo tempo prudentes e bereianos.
Registro também a gama de autores que aprecio na área da espiritualidade: John Owen, Richard Baxter, Jonathan Edwards, J. I Packer, D.M Loyde-Jones e outros da tradição puritana.
Saudades de ti Norminha, aparece la na igreja, :).
Ah, adorei as críticas aos "evangélicos progressistas" , rs.
Norma querida,
Estou com minha casa arrumada!!!! Faça uma visita e verá!!!!:)))))
Ei, o Nouwen faleceu em 1996 ou 7! Que história é essa que ele vai fazer conferências semana que vem??
Quanto ao fato de leitores devolverem o livro ao saber que o autor é católico, isso poderia ser evitado se essa informação estivesse bem clara na contracapa, inclusive dizendo que ele foi padre. Por que não se fazem as coisas mais às claras?
Em tempo: li recentemente um livro do Nouwen, "In the name of Jesus: Reflections on christian leadership" ("O Perfil do líder cristão do século XXI", editora Atos), uma palestra que ele fez em 1989, ABSOLUTAMENTE MA-RA-VI-LHO-SO. Corram pra ler, só tem 59 páginas!
Juan: estou louca para conhecer sua igreja. Deixa a poeira assentar (estou trabalhando como uma louca) e a gente combina! Quanto a Nouwen ser neoliberal: tem certeza? Será que ele poderia abençoar tanta gente da fé se não cresse de verdade? Mistério...
Tarcizio: confesso que sou reticente quanto à BLH, pois, na ânsia de apresentar um texto acessível e didático aos leitores, há o risco da interpretação que distorce ou monocromatiza o texto original. Mas fiquei curiosa quando a The Message.
Maria, vou lá!
Lucas, nem sempre tenho tempo para responder a todos os comentários. Quanto aos liberais, eu estava me referindo ao liberalismo teológico. O blog O Tempora, O Mores (ver link ao lado) traz explicações muito boas sobre isso. O liberal típico não crê como a gente crê, mas usa os conteúdos da fé para fazer elaborações puramente teóricas.
Osw, preciso de tempo para ler Nouwen! Aliás, preciso de tempo para ler tanta coisa...
Beijos a todos!
Uma última observação a Lucas: seu texto é engraçado! Você dá a entender que, desde que minhas posturas caibam em um determinado ideal seu, "não teremos mais problemas". É difícil conhecer verdadeiramente alguém com esses paradigmas tão rígidos em mente. Você dá a entender que tem endossado críticas virulentas demais a determinados "tipos" de cristão, mas a gente se sente mais livre quando deixa de acreditar na existência de "tipos", mas sim na de "pessoas" que buscam a verdade de variadas formas. Isso se torna mais verdadeiro quando pensamos na máxima "odiar o pecado, amar o pecador": por exemplo, eu odeio o progressismo (por causa da invasão do marxismo na fé) mas amo muita gente que é progressista - gente que já me abençoou muito na vida, como o pr. Ariovaldo.
Quanto ao calvinismo, não entendo muito bem por que é tão atacado por você. Mas, se Deus quiser, esse será o assunto de um de meus próximos posts.
Norma,
quanto a Nouwen, creio que possa abençoar muita gente por não crer como me abençoou. É a doutrina da graça comum. Os textos dele são ótimos e excelentes na área da espiritualidade.
A confissão de Westminster (confissão de fé presbiteriana) tem um capítulo sobre pastores não convertidos. Não estou de jeito nenhum querendo julgar Nouwen, porém podemos ser abençoados por incrédulos pela graça comum.
Ah, será uma honra te-la com a gente lá na igreja.
Amen, sister!
Querida Norma,
Venho acompanhando esporadicamente seu site, que conheci a pouco. E congratulo-a por seu bom gosto. Sim, porque já li todos os volumes de crônicas do Nelson Rodrigues (exceto as de futebol), pelo menos até o Vol.12 "Flor de Obsessão". E não há nada mais divertido do que Nelson. Dos autores que selecionou abaixo, também tive oportunidade de conhecer a maioria. O artigo que postou é de enorme relevância, principalmente para quem ainda é imaturo, algumas leituras podem mesmo abalar a fé, mesmo sendo grande tolice. Como simpatizante da ideologia econômica liberal, por exemplo, li Popper (Sociedade Aberta e seus Inimigos). As análises políticas são interessantes, mas o autor simplesmente é um estúpido em questões filosóficas. Parece mesmo que deseja destruir o óbvio, para utilizá-lo somente quando lhe for conveniente. Ambíguo e contraditório. Está aí um livro que eu recomendaria com extensas reservas. Como tantos outros que são quase completamente desprezíveis, exceto pelo fato de melhorar o português e praticar leitura... O conselho do grande apóstolo previne os prudentes e está muito bem colocado.
Parabéns pelo belo site,
Emanuelle Carvalho Moura
Teresina-PI
Oi, Lucas! É verdade, união total de pensamento entre os cristãos, só no céu. Sobre o marxismo, eu também achava que não tinha nada de pernicioso para a fé até verificar (na Letras) que o relativismo e o imanentismo modernos estão sempre presentes nas teorias que descendem do marxismo; depois fui ler Paul Johnson, Alain Besançon, Olavo de Carvalho, Eric Voegelin, René Girard, e essa percepção aumentou, dando-me a convicção de que o relativismo e o imanentismo que caracterizam o intelectual anticristão de hoje são gerados especialmente no marxismo. Leia e veja se não é assim.
Mila querida, obrigada pela visita!
Emanuelle, que maravilha seu comentário. Um cristão que tenha essas leituras (e faça essas análises com tranqüilidade) é bicho raro. Escreva em pvt para mim, vamos trocar mais figurinhas.
Solano, seu comentário foi perfeito. É exatamente disso que estamos precisando, como igreja: enfrentar a cultura, sem medo, e com tenacidade e consciência. É uma pena que os evangélicos em geral adotem uma das posturas: deixar-se embeber pela cultura, sem critério, ou negá-la e fechar-se para o mundo. Precisamos estar no embate, de olhos bem abertos, com a espada da Palavra. "Não os tire do mundo, mas guarde-os do mal" - assim pediu Jesus a Deus Pai, e é assim que somos capazes de ser sal da terra e luz do mundo: sem se esconder e sem se deixar contaminar.
Norma,
Preparamos uma pequena mostra de fotografias da Lata e oferecemos a todos os nossos visitantes.Todos receberão este mesmo convite a ir ao Blog, para ganhar tempo pois não temos internet como todos sabem e estamos em um Teleposto.
Esperamos que gostem. Um abraço fraterno. Odilene&Willam
Hehehehe! Não precisava tê-lo matado tão rapidamente de novo, Tarcizio! A gente podia aproveitar para conversar direitinho com o moço e lhe perguntar se é mesmo verdade que ele era neoliberal, conforme o Juan disse. :-) O Peterson é professor da Regent, assim como o James Houston, e eu confio tanto no Houston (que inclusive é meu amigo) que fica difícil aceitar que ele aprova um autor neoliberal - ainda mais sabendo que ele costuma ser muito rigoroso com "estrelas" da teologia como Paul Tillich.
Abraços!
Norma, outro dia postei para o Lucas sobre unidade de pensamento e sobre o desejo dele de haver apenas uma denominação, mas o post foi barrado. Pq?
Oi, Cleber! Com certeza foi por engano. Bem que eu vi que a mensagem que veio depois era diferente das que costumam vir. Você poderia postar de novo? Desculpe!
Abraços!
Lucas,
desde a igreja primitiva havia unidade na diversidade. Leia Romanos 14. Não tem porque pensarmos que hoje vai ser diferente. Há muita beleza da diversidade. Para haver unidade não precisa haver unanimidade de pensamento em tudo. A frase de Ruperto Meldenius resume isso: nas questões essenciais unidade, nas secundárias respeito e em tudo o amor.
Sinceramente, louvo a Deus pela variedade de denominações que temos, pois isso atinge muitos públicos diferentes.
Se tivesse uma só denominação todos teria que engolir a visão do líder, já que no meio evangélico são raros os líderes que conseguem conviver com a diversidade em sua própria denominação.
Abraços!
Cara Norma e demais leitores do blog,
A Paz de N. S. Jesus Cristo!
Os escritos deste blog são ótimos. Norma, você está de parabéns!
Porém, tenho uma ressalva a fazer sobre o Eric Voegelin e suas idéias (acabei de ler o livro “A Nova Ciência da Política” e o artigo “Bases morais necessárias à comunicação
numa democracia”, ambos publicação do autor). Voegelin define o Protestantismo como um movimento gnóstico. Sendo assim, a Reforma foi um ato revolucionário e está na origem de todos os movimentos revolucionários modernos que sucederam:
“Já os movimentos de que falei são um fenômeno de importância histórica mundial, no sentido de que eles constituem a revolta da sociedade ocidental contra Deus. Esta revolta expressou-se em três grandes atos simbólicos: (1) na remoção do Papado, enquanto representação da ordem divina, da cena pública do mundo ocidental [REFORMA PROTESTANTE]; (2) no regicídio [REVOLUÇÃO FRANCESA]; e (3) no deicídio [COMUNISMO].
O afastamento do papado de seu lugar na ordem pública do mundo ocidental é o resultado simbólico da primeira onda de movimentos. Quando foram negociados os tratados de Münster e de Osnabrück, a Cúria não teve acesso à reunião, apesar de constar em sua pauta o importante item da redistribuição e secularização dos principados eclesiásticos. Os protestos da Cúria nem sequer receberam resposta. Em 1648, o papado desapareceu da cena diplomática da ordem européia. O anti-papismo, que se tornou patente nesta época, teve conseqüências significativas sobre a área das comunicações, na medida em que Milton desejava reservar liberdade de imprensa para a opinião protestante na Inglaterra, enquanto Locke explicitamente excluía os católicos de qualquer tolerância no reino inglês. As restrições políticas aos católicos continuaram até o século 19, na Inglaterra; e as restrições sociais continuam até hoje nos países anglo-saxões.”
Voegelin identificou os cristãos puritanos ingleses como gnósticos, aliás, no livro “A Nova Ciência da Política”, há uma capítulo dedicado a eles, baseado na teoria de Richard Hooker. Tal teoria seria corroborada por Alexis de Tocqueville em “A Democracia na América”: “O puritanismo não era apenas uma doutrina religiosa;
confundia-se também com as teorias democráticas e republicanas mais radicais”. No livro, Voegelin vai associando o puritanismo ao gnosticismo e, com certa ironia, fazendo uma analogia ao Comunismo. Assim, o “Paraíso” ou a “Nova Canaã” dos puritanos, o “III Reich” dos nazistas e a “Sociedade sem Classes” dos comunistas são ideologias (o eterno devir gnósticos, mitos), e por conseguinte, são uma rebelião contra Deus e contra o homem.
(... Mas não foram os puritanos que fundaram os EUA, o país mais cristão do mundo? E não foi nos EUA que Voegelin se refugiou devido à ascensão dos regimes totalitários na Europa?... Inquietações que ficaram nas entrelinhas)
Como toda argumentação filosófica que se preza tem uma solução para os problemas do mundo, Voegelin propõe o retorno ao Catolicismo Medieval, onde segundo a sua teoria, a democracia, a liberdade e sociedade estariam salvas, pois o Estado, entendido em sua forma monárquica, garantiria a unidade religiosa e institucional e acima deles, o papado administraria os conflitos.
Não consigo entender as diferenças entre o pensamento TFP e as idéias do Eric Voegelin, se é que aquelas não é uma reprodução destas.
Em Cristo,
Efraim G. Ferraz
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