Um esforço, com a graça de Deus, de recolocar o cristianismo na via dos debates intelectuais. Não por pedantismo ou orgulho, mas por uma necessidade quase física de dar nomes às minhas intuições e contornar o status quo das idéias hegemônicas deste mundo.
30 dezembro 2014
Rossini e Ray Conniff
Desconheço peças instrumentais tão engraçadas quanto as de Rossini ou Ray Conniff. Apesar das muitas características que os distinguem - época, estilo, o primeiro compositor e o segundo arranjador - , ambos são mestres em apresentar aos ouvintes o ridículo inerente à condição humana. (Aqui penso, sobretudo, na abertura de La Gazza Ladra - vídeo acima - e em Brazil.) Mas assinalo uma diferença fundamental: enquanto Rossini me emociona, Ray Conniff apenas me faz rir. E, à parte as qualidades musicais, talvez seja dessa natureza o abismo que os separa - o ridículo de Conniff, provavelmente inadvertido, resulta do contraste que há na abundância sentimentalista executada com perfeição formal; já o ridículo de Rossini é multifacetado como uma cosmovisão, com seus aspectos heroicos, trágicos, líricos, e subjaz às narrativas de todos nós.
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2 comentários:
O Ray fez parte da minha infância, rs. Muito engraçado ele, a partir domvisual. Eu sempre achei que quando o Heman envelhecesse ficaria igualzinho a ele, haha!
Começando o ano aqui com Rossini, graças a você!
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