03 novembro 2010

Temos motivos para comemorar

Em post recente, observei que deveríamos ficar alegres, fosse qual fosse o resultado das eleições. Vejo que de fato continuo alegre, pela graça de Deus (em outros tempos, eu teria posto energia demais nesse evento e não estaria bem; louvo a Ele por isto!). Mas, além da certeza de que Deus está no comando de tudo, temos motivos para comemorar: creio que essa esquerda mítica, divinizada, está perdendo força na mente dos brasileiros. E isto é algo recente. Como? Vejamos.

Já escrevi aqui várias vezes sobre um dos assuntos de destaque na agenda conservadora, em contraposição às forças do globalismo estatal (conservadores costumam sempre atuar em reação): o aborto. Defender a vida contra a ideia comum do “feto não é gente” sempre me pareceu algo difícil, espinhoso. Em conversas, o defensor da vida arriscava-se a perder o amigo. E eis que, nessas eleições, o assunto ganha uma atenção inédita no panorama político. O que ficou claro para todos é: Dilma podia perder a disputa por causa da postura obsessiva do PT pela descriminalização do aborto. E, de fato, diante disso o partido se viu apavorado o bastante para divulgar mentiras sobre a opinião da então candidata sobre o tema. Mesmo assim, mais de 40% dos eleitores deram seu não nas urnas – se contra o aborto ou não, jamais saberemos. Mas os números foram eloquentes: quase metade dos votantes não queria Dilma. Podemos afirmar que a Vida foi a grande vencedora dessas eleições: se o tema pesou, é porque o aborto prêt-à-porter no Brasil já não se afigura uma unanimidade. O abortista já não é um libertário, um porta-voz dos direitos da mulher; é questionado à luz do dia. Trata-se de uma extraordinária mudança de cosmovisão, e seus propagadores, não mais envergonhados, estão visíveis em jornais de grande circulação, como, na Folha de São Paulo, Luiz Felipe Pondé. Foi serrado o mastro de uma das maiores bandeiras do partido no governo, às mostras há pelo menos vinte anos.

Outro dado importante é o que nos informa Reinaldo Azevedo:

Até a sua biografia já começa a ser reescrita com zelo. Ontem, no Jornal Nacional, um companheiro de militância de Dilma assegurou que ela nunca pegou em armas, embora tenha feito parte de dois dos grupos terroristas mais violentos que praticaram atentados  durante o regime militar.

Qual a outra bandeira decepada? O ideal da guerrilha, tão decantado nas salas de aula da universidade! Novamente com medo da perda de apoio popular, o partido recorre a mentiras para reconstruir a história da presidente. Ora, se chegou a esse ponto, novamente, é porque a militância das guerrilhas na época da ditadura já não é mais uma unanimidade. Seus “heróis”, hoje revisitados por historiadores não-comprometidos com o ideário da esquerda, perderam o brilho. Certo, foram torturados, sofreram o diabo. Mas estavam longe de serem os santos cantados em prosa e verso por professores, pesquisadores, propagandistas do socialismo. Eram violentos e chamaram violência para si. E queriam de fato instalar uma ditadura no país, uma ditadura de esquerda. Hoje há mais informação sobre esse lado da história, embora seja geralmente veiculada fora dos bancos escolares. E por que digo que tudo mudou há pouco tempo? Porque há cinco anos – somente cinco anos! –, a revista Época publicou uma entrevista com Dilma Rousseff totalmente laudatória, em que o jornalista responsável chega a parecer extático de tanta admiração pela personagem, oferecendo ao leitor generosas fatias de seu passado como terrorista:

Ajudou na infra-estrutura de três assaltos a bancos, assinou artigos no jornal Piquete e chegou à direção do Colina. Nessa condição, planejou o que seria o mais rentável golpe da luta armada em todo o mundo: o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo.

E o texto termina com uma fala da própria Dilma:

Só pra saber que nunca fui uma menina cândida: eu sei montar e desmontar, de olhos fechados, um fuzil automático leve. Tinha que ser rápido, muito rápido. E, se você quer saber, eu sei atirar.

Sabe atirar e nunca pegou em armas? Não pode, né?

Exulto porque percebo que, agora sim, uma verdadeira oposição parece prestes a se firmar no Brasil contra os ditames socialistas. Se tudo dará certo e se conseguiremos nos manter longe do destino de Cuba e Venezuela, só o tempo dirá. Mas me alegro por oferecer minha contribuição para a desmitologização do socialismo e a afirmação de valores cristãos neste país.

Dito isto, e já um tanto cansada do assunto, repito o que declarei antes, e que serve também como um aviso para mim mesma:

O problema do cristão que se concentra em demasia nos assuntos políticos é ocupar demais a mente com os pecados alheios. Isso corrói o coração. Agora que a Dilma entrou, eu quero mais é me ocupar com assuntos que prefiro – teologia e filosofia – , mas sem esquecer, claro, na medida do possível, de ajudar os cristãos a se livrarem da idolatria socialista.

As fontes sobre Dilma foram compiladas por Tiago Abdalla T. Neto

27 comentários:

tarugo disse...

Ótimo post, Norma. Decidi também, após esta eleição, a buscar mais as coisas santas. A política desgasta muito. Também pretendo orar muito pelo Brasil. Um abraço.

Cleber Leite disse...

Cara Norma

Gosto de seus comentarios politicos, portanto, não pare.

Acho que a esquerda carnivora (Vargas Llosa) não volta mais, mas a herbivora continua agora ancorada em um nacionalismo demodê.

Abs


Cleber Leite
Teresina/Pi

Ricardo Mamedes disse...

Norma,

Sinceramente eu ainda não acredito em uma oposição forte e bem estruturada no Brasil no campo político partidário, pois há ainda muitas disputas internas naqueles partidos que poderiam em tese formar uma força organizada contra as aspirações totalitárias do PT. A imprensa? Pelo que vimos são poucas as publicações sérias e de âmbito nacional que "ousam" se colocar em confronto com os vitoriosos esquerdistas. É claro que há algumas vozes dissonantes, a exemplo do Reinaldo Azevedo (Veja) e alguns outros corajosos jornalistas. No mais, enxergo um monte de cordeirinhos sequiosos para servir aos interesses do partido que detém o Estado, dentre eles grandes Jornais do país.

Não acredito, porém, que o Brasil possa se transformar numa Cuba ou Venezuela - ainda que a aspiração do PT seja essa - , uma vez que a sociedade brasileira, malgrado a eleição de Dilma e tudo o que ela representa de contrário aos valores tradicionais da sociedade e da família, é um pouco mais madura politicamente.

Mas ainda teremos de suportar o Franklin Martins, Marco Aurélio Garcia - e agora o "Rasputin", mais forte do que nunca...


Ricardo.

William Campos da Cruz disse...

Só uma pequena correção, Norma: no corpo do texto você menciona uma reportagem da revista Época, mas, quando clicamos no link, descobrimos que se trata da revista Isto É.

No mais, o artigo está primoroso e reforça a nossa esperança de que, enfim, a hegemonia socialista (já trincada) está prestes a se quebrar.

Um abraço,

Cristiano Silva disse...

Olá,

1. A reportagem é da IstoÉ ou da Época?

2. Já viu esta entrevista do Gabeira? Só corrobora o que você disse.

3. Sobre a sua contribuição, pelo menos para mim, ela sempre me ajudou muito. Me ajudou a abrir os olhos para algumas coisas. Só continuo achando que o PSDB é tão problemático quanto o PT.

God bless (and don't you dare stop writing here!)

odranoeljrs disse...

Cara Norma, alguma coisa escapa aos números. Certamente que nem todos os que votaram em Dilma, pensam que o aborto é uma questão de saúde pública.
E os eleitores de Serra não são apenas aqueles que debatem o tema além do período eleitoral.
O tema ganhou corpo porque o PT é hesitante no tema e alas do partido tem a compreensão de que o aborto deve ser legalizado. Foi moeda do jogo eleitoral. Eu não consigo ver de outra forma.

Eu não consigo perceber de que houve enternecimento genuíno de parte da mídia que apoiou a Serra direta e indiretamente (Estado de SP, Folha de SP, Veja, Época, Correio Brasiliense, OGlobo - é só fazer uma pesquisa ou trazer à memória as tantas notícias apuradas "nas coxas", sem profundidade, apenas alarde e o oportunismo de temas como a quebra de sigilo - que "colou" até o dia em que Verônica Serra foi suspeita de envolvimento em quebra de sigilo fabulosa à época de FHC e, também, quando vieram à tona as reportagens de Veja, do mesmo período, que trataram da arapongagem em casos muitos mais graves - e o aborto, que também "colou" até que a consorte de Serra foi acusada de ter dito que praticou aborto - nesse tocante, Serra teria ganho credibilidade e ousadia se tivesse se manifestado em público para desmentir as ex-estudantes de sua esposa...). Aí veio a bolinha de papel e o esforço bizarro da Globo para atestar que Serra foi violentado.

Tudo oportunismo. Tudo eleição. Todo o palco armado para a confusa baixaria de ambos os lados.
O fruto disso se vê agora. A manifestação hedionda do preconceito ao povo do NE. Um pensamento tacanho, pois se os votos do NE forem desconsiderados, Dilma se elege também. Mas a campanha fomentou esses sentimentos pequenos, miúdos.
O não ao aborto foi casual.
Embora, no fim das contas, tenha sido algo bom, quando pensamos na preservação dos valores morais que o cristianismo abraça.

Feliz cada novo dia...

P.S.: Perdoe-me, mas optei para fugir das conversas anteriores por motivação particular. Embora um mero eleitor, toda a campanha me cansou indevidamente.

robsonnr disse...

Vcs da "direitona conservadorona" acabam derdendo-se nos seus próprios argumentos. O Serra ficou exilado durante o regime militar, por que? deve ser porque ele pensava da mesma forma que a Dilma, ou não?! A diferença entre os dois é que um se acovardou e fugiu correndo para o Chile e a outra enfrentou vcs. Pegar em armas, pegava-se em armas para combater as armas que vcs portavam. Esqueceram que vcs pegaram em armas primeiro!?
A direita é sempre ridícula, e usa o nome de Deus para justificar suas intenções conservadoras, desde que o mundo é mundo que vem evoluindo, senão estariamos correndo atrás do bisão para garantir o jantar lá na caverna. E olha que Deus (conservador) permitiu que tivessemos casa e supermercados. Vcs da derrota vcs deviam é tomar tento.

Esli Soares disse...

Hummm,

Diria o mestre zen: "Vamos ver"

André disse...

Robson, a guerrilha comunista no Brasil começou antes do golpe militar. Não seja tão ignorante em público.

Rev. Ageu Magalhães disse...

Prezada Norma, parabéns pelo post. Mostramos, nas urnas, a nossa força. Desconsidere os comentários das viúvas de Marx e continue escrevendo. Abraço, Ageu.

Aprendiz disse...

Robson

Deixa de ser ridículo. O Serra entendeu há décadas que transformar o Brasil numa Coréia do Norte seria uma desgraça. Você, a Dilma e o PT só não estabeleceram um regime genocida aqui porque não conseguiram.

Você é obrigado a imaginar cada um daqueles que são oposição ao pt como uns assassinos, partidários da KKK, nazistas. Foi isso que vocês também diziam daqueles que se opunham a Stalin, Mao e Pol Pot. Quanto 99,99% dos esquerdistas do mundo achavam que Stalin era o messias, não passava pela mente de nunhum deles que aqueles que se opunham a ele, opunham-se ao mal.

Quando o povo cubano for livre, vão esfregar isso na tua cara. Não passe vergonha, seja favorável à liberdade já.

A violência que você imagina ver em nós, é projeção da violência que está em você. Que o Eterno ilumine a sua mente para que você perceba isso.

andré , o eslavo disse...

Norma , Dilma pegou em armas em uma época quando o Estado torturava e matava. Podemos até discutir se era certo ou não se revoltar com armas contra um governo que mata . Mas o que ela fez não pode ser analisado fora do contexto , fazer isso é lançar mão de uma interpretação superficial.

Se você condena os que pegaram em armas na ditadura , então o que dizer dos muitos pastores e evangélicos que religiosamente fecharam os olhos para tortura , que participara por meio de omissão de um estado que matou centenas e centenas de pessoas.
Diziam essas líderes É VONTADE DE DEUS , DEUS QUER ASSIM ,DEUS É SOBERANO , DEUS QUER UNS TORTURANDO ,OUTROS SENDO TORTURADOS E OUTROS OMISSOS.
Na minha concepção essa é uma atitude totalmente equivocada. Tinha pastor que ia distribuir novo testamento nos porões da tortura , e quando saia não comentava absolutamente nada com suas comunidades.....ora , isso é gravíssimo.

Abraços

Tania Cassiano disse...

Norma,
Ditaduras nunca são boas (óbvio), nem da chamada direita nem esquerda, mas quando me lembro que a gente se livrou de "Rasputin", por muito tempo. Nunca pensei que um dia iria pensar dessa maneira, que pareceria até uma heresia. Mas como o mundo dá voltas! O pior que ele agora saiu das sombras. Mas graças à Deus, Ele (Deus) está no controle. E vamos continuar nossas vidas.
Um abraço,
Tânia
PS. Parabéns pelo post.

Casal 20 disse...

Querida Norma, parabéns!

Gostaria de compartilhar outro texto que gostei muito do Gaspar de Souza. Segue:
http://profgaspardesouza.blogspot.com/2010/10/uma-resposta-dois-amigos-religiao-e.html

Além, Norma, penso que ocorreu uma exposição do pensamento político calvinista nessas eleições. Foi algo muito especial, histórico e necessário ao Brasil e aos cristãos em geral. Afinal, se vivemos numa democracia, então precisamos ouvir essa voz também na sociedade, a voz de uma Igreja reformada e sempre reformando. Então, sugeri ao Gaspar e, aqui, digo o mesmo para você (até que alguém que possa, tome a iniciativa): precisamos reunir dos blogs calvinistas, todos esses artigos muito bons que surgiram e que, na verdade, foram reflexões em um país extremamente carente de pensar a partir de um referêncial reformado e bíblico!

Enfim, Norma, penso ser urgente a publicação em livro para que mais pessoas tenham acesso às reflexões que os blogos calvinistas fizeram da política e do cristianismo neste momento!

Não! Não podemos parar! O surgimento, penso eu, de um livro seria um norte para alimentar novas discussões e um amadurecimento que começou e não pode parar! O seu blog nos alimentou nestes últimos tempos (e não foi somente o seu: Solano Portela, Gaspar, etc) com uma reflexão que saiu dos livros e veio para a vida real. Fomos confrontados por vocês sobre cosmovisão calvinista, esquerda, direita, miséria, economia, aborto, homossexualismo, santidade, etc. Reflexões políticas calvinistas que abordaram e pensaram acerca daquilo que nos envolve e sufoca!

Norma, será que só eu estou vendo esse momento bonito do pensamento calvinista brasileiro? Para que mais pessoas possam refletir, crescer, ter acesso, alguém precisa reunir os textos surgidos!

O Brasil precisa desse referêncial. Creio mesmo, Norma, que vocês têm uma responsabilidade nas mãos. A igreja carece dessa profundidade. Não, não pode ficar só aqui ou só voltar daqui 4 anos! É a hora de relermos o que se escreveu de bom no calvinismo brasileiro. Só assim poderemos sonhar com um cristianismo maduro aqui no Brasil.

Oro para que surja um livro que reúna os textos de vocês para que haja um testemunho, um memorial e um pensamento calvinista brasileiro amadurecido. Amém!

Abraços em você e no maridão.

Ricardo Mamedes disse...

A esquerda e a mesmice: basta observar com atenção as considerações tecidas pelo odranoeljrs (Leonardo) e pelo André... O primeiro, desconstrói fatos, com a mesma lenga-lenga do PT ao culpar a vítima ao invés do algoz; o segundo, justifica todas as mazelas da esquerdista Dilma, sob a assertiva de que outrora ela combateu a ditadura - agora, pois, ela pode tudo (inclusive matar criancinhas).

É surreal!

Ricardo.

Casal 20 disse...

Norma, querida, parabéns!

Envio o link de um texto que também gostei muito:
http://profgaspardesouza.blogspot.com/2010/10/uma-resposta-dois-amigos-religiao-e.html

Além disso, Norma, penso ser urgente a publicação em livro dos textos que surgiram nos blogs calvinistas. O Brasil precisa disso e a Igreja brasileira também. São textos importantíssimos que refletem sobre questões urgentes da realidade brasileira, mas que estão dispersos pela internet. Todavia, precisamos que mais pessoas tenham acesso e também que esses textos não fiquem "arquivados" para sempre.

Creio, sinceramente, que algo muito importante aconteceu e que servirá ao amadurecimento da Igreja Cristã no Brasil. Se somos uma democracia, creio que um livro que reunísse os principais textos calvinistas surgidos nesses últimos tempos, seria muito bem vindo.

Não podemos hibernar em nossas reflexões, mas continuarmos refletindo. Norma, fui muito alimentado pelos seus posts e por tantos outros que mostraram para nós que há, sim, uma luz no fim desse túnel (e não é a luz de um trem vindo contra nós)! Portanto, um livro seria um presente para que pudéssemos seguir refletindo a partir de tudo o que já foi pensado.

Oro por isso.

Abraços.

Norma disse...

Queridos amigos leitores,

Quantas palavras maravilhosas tenho recebido! Isso me deixa muito feliz. Estou aqui de repouso absoluto por causa de um sangramento inadvertido na gravidez. Também tenho tido muito sono, dormindo todo dia algo em torno de 14 horas. Nas horas em que estou acordada, leio e escrevo, deitada, com o note na cama e um teclado acoplado. Por isso, perdoem-me se eu não consigo responder diretamente a todos.

Mas não se preocupem: não deixarei de escrever sobre política. Apenas há assuntos mais densos que também ocupam minha cachola. Vocês verão no próximo post.

O tema da ditadura é mesmo polêmico. Mas uma coisa é certa: os guerrilheiros não lutavam contra a ditadura militar, mas sim lutavam POR uma ditadura de esquerda nos moldes de Cuba. A ditadura militar foi implantada CONTRA essa tentativa. Apenas historiadores comprometidos com a causa socialista (são legião!) continuam defendendo o oposto, fazendo o que o partido governista hoje faz com toda a desfaçatez do mundo: mentir.

Casal 20, rev. Ageu, Ricardo, Cristiano, Tarugo, William, Tânia, Aprendiz: agradeço demais pelas orações e contribuições preciosas. Já consertei o nome da revista.

Grande abraço a todos!

Fabrício R. Luz disse...

Esse pensamento raso que divide tudo em "esquerda" e "direita" é de um simplismo paralizante. O tal Robson se revolta dizendo "vcs da direitona", outro já acusa "os esquerdistas".
Ora, sejamos razoáveis, não se pode ser tão simplista a ponto de classificar valores morais, ética e ideários de justiça em "direita" ou "esquerda".
Que bobeira esses petistas atacarem os que são contra o abafa do mensalão, dolares na cueca, erenices e zés dirceus de "tucanos". Chega !
O cristão é a favor da vida, da ética bíblica, da honestidade e da paz de Jesus.
Abram suas mentes senhores binários.

Digo isso sobre os comentários, pois o artigo está ótimo.

odranoeljrs disse...

Véi Ricardo, não dá para teclar com você porque seu viés de bipolarizar as coisas atrapalha sua performance.
Onde está, no que escrevi, a compreensão que você descreve:
"O primeiro, desconstrói fatos, com a mesma lenga-lenga do PT ao culpar a vítima ao invés do algoz"?
Por que, ao invés de desqualificar o escrito, você não apresenta o contraditório?
Vamos, você consegue ser assertivo, explorando sua aptidão advocatícia.
Ajude a este estúpido incauto a assimilar o que você pensa :0).

Feliz cada novo dia...

Ricardo Mamedes disse...

Norma, permita-me novamente e pela última vez desmistificar o comentário do odranoeljrs (Leonardo).

Antes de mais nada quero adiantar que não sou ideológico, como você, tampouco partidarista. Não sou filiado ao PSDB e nem a qualquer outro partido político - O QUE NÃO ME IMPEDE DE ENXERGAR OS ERROS DO PT, PSDB, ETC. Acho até que facilita uma análise mais depurada e imparcial dos fatos, o que certamente lhe falta.

Deixa de conversa mole e lenga-lenga. A quem você quer enganar? Você, meu caro, é cheio de sutilezas: "destila" um monte de comentários, deleta-os, fecha a conta com um último para desqualificar o interlocutor, como fez antes, impedindo que o leitor possa qualificar as suas pérolas. Isso se chama fraude! Certo "véi"?

Quanto a desqualificar o escrito, vejamos o que você afirmou:

"Eu não consigo perceber de que houve enternecimento genuíno de parte da mídia que apoiou a Serra direta e indiretamente (Estado de SP, Folha de SP, Veja, Época, Correio Brasiliense, OGlobo - é só fazer uma pesquisa ou trazer à memória as tantas notícias apuradas "nas coxas", sem profundidade, apenas alarde e o oportunismo de temas como a quebra de sigilo - que "colou" até o dia em que Verônica Serra foi suspeita de envolvimento em quebra de sigilo fabulosa à época de FHC e, também, quando vieram à tona as reportagens de Veja, do mesmo período, que trataram da arapongagem em casos muitos mais graves - e o aborto, que também "colou" até que a consorte de Serra foi acusada de ter dito que praticou aborto - nesse tocante, Serra teria ganho credibilidade e ousadia se tivesse se manifestado em público para desmentir as ex-estudantes de sua esposa...). Aí veio a bolinha de papel e o esforço bizarro da Globo para atestar que Serra foi violentado."

Preciso dizer alguma coisa? Você culpa a filha do Serra pela quebra do sigilo, sob a belíssima assertiva de que ela "foi suspeita da quebra do próprio sigilo", repetindo a mesma mentira do PT , que "não colou". E cita o "aborto" da mulher do Serra (boato infame), fato não comprovado. E ainda que tivesse havido, não impediria que o candidato se postasse contra o aborto institucionalmente. E o que dizer de "parte da mídia que apoiou Serra"? Folha de SP, Época, Correio Brasiliense???

Portanto, finalizando, quem precisa ser mais assertivo é você! Poupe-me dos seus argumentos infantis e mistificadores, deixe de se esconder atrás de um marxismo diáfano e se assuma! E, por favor, procure ser menos reacionário que os seus pares.

Ricardo.

odranoeljrs disse...

Ã?
Mon pauvre ami, eu não acusei a pessoa alguma. Relatei o que foi notícia na Carta Capital e, se você se interessar, poderá ler o teor da matéria no sítio da revista. Sugiro, outrossim, que leia postagens alusivas ao tema no sítio do observatório da imprensa.
Não consigo entender - e olha que eu tenho uma cabeça enorme - como você deduziu que eu faço acusação ao relatar um fato noticiado na imprensa!?
Eu não citei que Mônica Serra abortou, mas que houve o depoimento de estudantes dela que fizeram essa acusação.
E, ainda, disse que Serra deveria ter negado isso em público, ao lado da esposa, o que lhe cairia muito bem.
Céus, macacos me mordam!
Se você quiser pescar na rede como a mídia coorporativa tratou tais temas antes e após tais revelações você poderá constatar o que digo. Se quiser. Eu penso que você deveria fazer isso, pois estou lhe fornecendo um subsídio real para que conteste minha escrita.
Sobre a mídia paga, bom, estando ou não em SP, RJ e BSB eu leio o que posso dos jornais de lá. E aí vou à procura do contraditório, pois ele sempre existe. Avalio e faço meu parecer.

Quanto ao maxismo diáfano, bom, só tenho a dizer que diáfano, ou melhor, diáfana, para mim, só Cecília Meireles Grillo! Como bem asseverou Manuel Bandeira...

Quanto ao ser reacionário... Hum... Moi!?

Por fim, apresento minhas lhanas escusas à jovem que modera este blog, pois está em merecido remanso na espera do que vai chegar (como na canção de Toquinho), e eu fico a importunar com minha estultícia.

Feliz cada novo dia...

P.S.: Cara, a gente vai rir disso um dia, depois deste tempo. Claro, a menos que você também ache que eu não vou para o céu porque você acha que sou de esquerda - e um marxista diáfano! :0)

Ricardo Mamedes disse...

Leonardo,

Eu me cansei, definitivamente, do seu palavreado enfatuado, das suas citações em francês, da literatura, música... Que me perdoem Cecília Meireles e Toquinho. Parece que você apreciou o "marxista diáfano", assim como eu apreciei, dentre tantas belas palavras tuas, "lhanas escusas" (hehehe).

Deixe-me cá com a minha "desimportância" - para lembrar Guimarães Rosa - enquanto você permanece com a sua insondável "profundidade" , linguística e dialética. Eu não pretendo mesmo usurpar-lhe a tribuna, uma vez que ela lhe pertence por direito adquirido.

Sem ressentimentos, ilustre mestre.

Ricardo.

odranoeljrs disse...

Falando em Guimarães, sugiro o cd "Rosas para João", do duo Renato Motha e Patrícia Lobato. Belas interpretações e talentosas performances instrumentais - uma delícia, como se diz por essas bandas.
O sítio:
http://www.renatomotha.com.br

Feliz cada novo dia...

Até sempre!

Georges disse...

Gostei da discussão e gostaria de acrescentar alguns pitacos. Temos que ter cuidado e fazer um auto-exame quando falamos de "ditaduras", pois há muitos que abominam a ditadura "nos moldes de Cuba", mas se babam pela ditadura "nos moldes de Pinochet": acham que terrorista (ou ex-terrorista, sob essa ótica) tem que morrer mesmo; que "invasor de terra" deve ser metralhado mesmo (como em Carajás), e que crente não pode fazer greve. Dizem defender tucanamente a liberdade de imprensa, mas apoiam o controle da internet e dos blogs. E, o pior dos anacronismos, apoiam Marina, que tem no estatuto de seu partido a defesa do aborto, da uão civil de homossexuais e a legalização das drogas. A mesma Marina que apoiou dois ex-terroristas (Gabeira e Sirkis), e apesar de dizerem que Temer é um satanista, apoiaram o médium e pai-de-santo Luiz Bassuma ao governo da Bahia, porque ele era do PV. E mais, na perceberam que a terceira via - a onda verde - era apenas uma forma de forçar o segundo turno, já que o tucano era uma candidatura natimorta. Por isso onda essa discussão sobre aborto, apenas uma manobrinha da elite quatrocentona apoiada pelo PIG e pelos evangélicos. Avisei disso tudo bem antes em meu blog.
A discussão política é bem-vinda, mas não pode ser superficial nem atemporal. Precisa ser levada ao nível ideológico e sustentada ao longo do tempo, não apenas às vésperas de eleições, sob o risco de pipocarem novos Malafaias e Terranova, oportunistas de plantão.

Charles Gomes disse...

Mesmo com toda a tortura que sofreram, nunca estenderam a mão para os torturados por Fidel Castro e sempre admiraram o cujo. Estranho não?

Sem contar que esses grupos também torturavam, quando assassinaram um militar que não me lembro do nome agora foram encontrados seus escrotos no estômago dele. Forçaram-no a engolir.

Exílio? Heróismo é se exilar de cuba, ir de avião para o Chile é mole, quero ver ir de balsa enfrentando tubarão para chegar nos EUA.

Também não sei dessa de pastores que fecharam os olhos para a tortura. Conte um. O que eu sei é de pastores muito atuais, tão cândidos e que perdoam tudo, que não se pronunciam contra Cuba, Irã ou as FARC.

Aprendiz disse...

Georges

O que entendi de tudo que você disse: "Toda não concordância com a implantação do totalitarismo de base marxista é um crime. Tudo que alguém fizer, disser ou pensar contra a implantação desse totalitarismo é ilegitimo e criminoso".

Stalin não existe mais, mas não se preocupe, vá morar na Coréia do Norte. É o seu ideal posto em prática.

OBS.: Não estou sendo cínico, vejo realmente isso em você.

Esli Soares disse...

Pessoal

Talvez, o maior exemplo de que o comunismo (a aplicação das idéias de Marx) é perigoso, seja a própria ditadura militar instalada aqui no Brasil a partir 1964 exatamente para combate-lo. Vou explicar.

Beiramos o comunismo na década de 60, isso é um fato, é também um fato que só não ouve uma guerra civil aqui porque antes João Goulart renunciou (isso é, havia gente que lutaria - militares inclusive - para implantar um socialismo aqui), e é um fato que se não fosse a ditadura militar (do golpe de 64), mesmo com os crimes praticados por ela – que não foram poucos – não estaríamos aqui hoje discutindo política em público. Agradeço a Deus por ter "contornado" toda essa maluquice (esquerdismo, ditadura militar, golpe e contra golpe) por amor a nós!

Não há necessidade de escondermos esse momento complicado que vivíamos com a chegada do pensamento marxista em terras tupiniquins. Essa idéia de que o esquerdismo militante no país só surgiu em contra partida a ditadura militar é, se não uma mentira – que é o caso mais comum – uma má leitura histórica (e é preciso acrescentar que é o que aprendemos na escola!).

Entretanto a tomada do poder político pela força, é sempre assim, o que antes buscava livrar da opressão, passa a oprimir. O ser humano no governo pela força sem oposição competente e capaz para contra-balancear, seja quem for (independente da suas inclinações políticas), sempre se enlevará e nisso se corromperá (digo no sentido de deixar os ideais de liberdade e se voltar para si mesmo - ditadura do proletáriado ou de "direita" se é q a direita mesmo aceita ditadura).

Se olharmos o mundo como um todo, veremos crimes de todos os lados (azul e vermelho), sangue é derramado e o desamor pelo semelhante é a marca de todos os sistemas políticos, o ser humano não promove o bem, não avança, e só há o que chamamos de “bom” por que misericordiosamente DEUS interferiu no mundo através da Igreja.

Isso é tão claro que os bastiões da atual liberdade (politico-econômica-social) foram os países calvinistas. Deles também surgiram os modernos movimentos sociais (que não tem nada a ver com socialismo). E até nos anos iniciais da reforma protestante foi em países calvinistas que se primeiro falou de liberdade religiosa. Porém, demonstrando o nosso (do ser humano) modo de viver, que tende ao caos (fato que será revertido somente no último dia, pelo Senhor da História), observamos hoje nesses mesmos fomentadores da liberdade de outrora, todo o tipo de práticas repugnantes, libertinagem e beligerância estúpida e desmedida, que se opõem a tudo o que se chama Deus, e onde antes era possível ter liberdade religiosa, tudo é permitido, “menos” ser fiel a Deus.

Não precisamos tomar partido nessa maluquice de esquerda x direita (um é mal e o outro é bom). Não é assim, nunca foi e nunca será! Somos chamados para sair desses contextos. É isso que significa ecclesia. Somos – ou devemos ser – do “partido” de Deus, a nossa constituição é a Bíblia. No que esses sistemas (humanos) forem parecidos com o que temos na Santa Palavra, apoiaremos, no contrário, seremos radicalmente contra, inclusive com “desobediência civil” se necessária.

Em Cristo, feliz (comemorando) não pelo resultado das urnas ou o que ela significa (muito bem exposto por vc, Norma - como de costume), mas pela salvação em Criso Jesus, que não só me dá a vida eterna, como tb me orienta a viver aqui!

Esli Soares