Dois cristãos que se conhecem pouco estão conversando. Um deles conta algo que havia se tornado público: os recentes pecados em que caíra um líder famoso. No meio da conversa, o outro dá uma gargalhada. O primeiro pensa com horror: “Que absurdo, rir de uma coisa dessas. Pelo jeito o Fulano não se importa com os pecados dos outros.” O que riu percebe de súbito o estranhamento do primeiro e, um pouco constrangido, tenta justificar “Eu achei engraçado porque...”, como quem se desculpa depois de rir em velório.
Mas o primeiro permanece com suas impressões. “O Fulano não se importa com os pecados dos outros.” Isso é julgar.
Outra situação. Dois cristãos que se conhecem pouco possuem blogs. Querem se linkar, por amizade, mas um obstáculo se apresenta a um deles: o blog do outro é pouco edificante e, de quebra, está cheio de linguagem duvidosa e fotos obscenas. Ao mesmo tempo, experimenta certa angústia: “Estaria eu julgando?” O conteúdo, porém, fala por si: há algo errado na vida cristã de quem posta tais coisas despreocupadamente, sem pensar na possibilidade de escândalo. Cabe descobrir o que é.
Diante de um fato desses, quem se cala com o argumento “devo estar julgando” abstém-se de justas admoestações, impedindo que o pecado alheio seja reconhecido e coberto.
É assim que tem se comportado a igreja hoje: incapaz de fazer a diferença entre julgar e discernir, o cristão se vê de boca atada e não ajuda o irmão em erro. O pecado se multiplica em nome de um “amor” muito pouco bíblico, falso amor, mascarado sob os imperativos modernos da tolerância. Essa tem sido uma das maiores fraquezas da igreja hoje.
Que Deus nos ajude.Post Scriptum - De fato, este post veio no momento certo: acabo de receber notícia sobre a matéria de capa da revista Eclésia deste mês. Ali, Brennan Manning e Philip Yancey são citados como apoiadores do movimento homossexual nas igrejas. Manning chega a dizer abertamente que é possível conciliar homossexualismo e cristianismo. (Só se for com o amorrrrrrrr politicamente correto, não o amor cristão, que confronta o pecador e salva sua alma da morte.) Em janeiro deste ano, escrevi que Yancey estaria "entre muros" por se render ao secularismo nesse aspecto. Não foi um ato de julgamento de minha parte, mas sim de discernimento; afinal, as palavras de Yancey não deixam muitas dúvidas sobre sua flexibilidade em relação ao homossexualismo. Repito aqui o mesmo desejo que expressei naquele post: não só que a ambigüidade em Yancey seja submetida em definitivo à Palavra, mas que a já tão confusa igreja brasileira saiba abandonar toda devoção idolátrica (há quem se refira a esses dois autores como "intocáveis") e se posicione firme em uma fé saudável e bíblica.
32 comentários:
Paz e Bem Norma!
Perfeita abordagem!
Nenhum acréscimo à esse exímio post.
Depois de discernir nosso humilde espaço, deixe sua contribuição. (risos)
Abraços
Junior
www.juninhoacura.blogspot.com
Vixe, coloquei um link do seu Blog no meu... sorry.
Quer que eu tire?
Bom post.
Abraços.
Obrigada, Junior!
Ué, Cristiano, seu blog tem obscenidades? :-D Brincadeiras à partes, gostei da proposta do Nerd Protestante e vou linká-lo também nas bandas de cá.
Abraços!
Bom, obscenidades não tem, mas eu também não pedi né... De qualquer forma, desculpe.
Quanto ao post, toca num assunto que eu queria comentar/estudar a algum tempo: quando julgar é certo (1 Co. 5), e quando é errado (Mt. 7). Porque, realmente, às vezes quando eu dou o meu parecer em algo, imediatamente me respondem que eu estou julgando, e que não é para julgar, que é pecado onde-já-se-viu, etc...
Parece que eu tenho que ser cego e burro para agradar a todos. Não posso mais ver, analisar, pesar as conseqüências, e ser do contra se for o caso. E se for exortação então...
Norma,
é muito comum na experiência pastoral ouvir pessoas dizer que foram julgadas após um processo disciplinar e um pecado público e que a disciplina é falta de amor.
Seria uma pós-modernidade colocada em prática na igreja - não importa o compromisso e sim gozar a vida e ser feliz.
Tempos difíceis e faço coro com sua oração, que Deus nos ajude e nos mantenha firmes.
bjs,
Juan
Cristiano, creio que a diferença é a seguinte: julgar é fazer inferências negativas com base em suposições, enquanto discernir o erro é saber ver, ouvir e ler, simplesmente, detectando o pecado de modo factual. O problema é que a cegueira hoje é o padrão. Mesmo depois de ler textos um tanto duvidosos de alguns autores, há quem continue teimando em não reconhecer erro algum ali, com base em um certo espírito de partido que nada tem a ver com o que Cristo nos recomenda com relação a Sua Palavra.
Abraços!
Então Norma, discernir é usar o cérebro, com uma ajudinha da Graça divina! =)Talvez seja cegueira, mas também talvez seja confusão (corrupção) mesmo, mental e espiritual de não discernir mais nada... Este falso "amor" me faz lembrar de novo das "virtudes enlouquecidas" que Chesterton escreveu em Ortodoxia (não tenho tantas referências bibliográficas a lembrar...) Abraços!
Lê, Chesterton vale por mil referências! :-) Abração!
Esse post me fez lembrar de sua menção lá no Pavablog. Não sei se você sabe, mas na bienal do livro de São Paulo, no lançamento do livro Fé e descrença, da Mundo Cristão, houve um debate entre o pastor Ricardo Gondim, Luis Felipe Pondé e o teólogo Jung Mo Sung. Mediado pelo Sérgio Pavarini.
Seu nome chegou, inclusive, a ser mencionado!!! Cogitaram (o Pavarini, pra ser mais preciso) a possibilidade de você participar de um outro debate posterior.
Ah, sim, o Pastor Augustus Nicodemus participou de um evento no mesmo lugar no dia anterior... Enfim, enfim...
O fato é que a participação do Gondim foi decepcionante. Pode-se ver em sua fala a concessão a todo o relativismo pós-moderno, em nome de uma suposta auto-crítica! Até o Mo Sung, que pisa na bíblia, como me contou um seminarista da minha igreja aluno seu, foi mais cristão que ele!
Pensei em escrever sobre o debate, mas me deu preguiça!
Oi, William! Obrigada por me contar! Você vê, o Pavarini gosta de brincar com meus textos lá no blog dele, mas com essa atitude demonstra que quer diálogo (ou um Judas pra malhar... hehehehehe!). De fato, temos inclusive um amigo em comum. ;-)
Quanto ao Gondim, dá para perceber isso nos textos dele. Eu sempre fico "cabreira" quando, diante da escolha de leituras não-teológicas, um cristão prefere Nietzsche, Marx, Freud, Foucault. Porque é óbvio que esses autores não têm afinidade com a cosmovisão cristã, mas sim fazem ao cristianismo uma constante e irada oposição. Não digo que não se deva ler, mas tê-los como "leitura preferida" significa das duas uma: ou um masoquismo maníaco (hehe) ou de fato um desgosto para com a igreja e a doutrina - o mesmo desgosto ressentido demonstrado pelo Yancey com relação às igrejas americanas tradicionais.
Não que as igrejas sejam perfeitas, mas falar mal delas de modo constante e sem referência bíblica é um arrogante tiro no pé. Mas parece que hoje ressentimento dá ibope... É o neomarxismo: os zelosos pela doutrina acabam sendo considerados a nova classe dominante no mundo do neoliberalismo teológico! Um absurdo, como se vê!
Abraços!
Eu acho que o problema é que essa distinção é muito sutil, apesar de muito verdadeira. O nosso tempo não sabe lidar com isso. Em lugar de se preocuparem em definir quando um julgamento é válido ou não, preferem, por preguiça, burrice, ou o mais puro desinteresse, considerar que toda opinião contrária a alguém, ou contrária à postura de alguém, não passa de pecado. Pensam em bloco.
"O homem espiritual julga todas as coisas e não é julgado por ninguém" (1Cor 2,15).
Esse negocio de que o cristão não deve julgar os outros é uma grande bobagem. Se julgar fosse pecado, ninguém poderia trabalhar de juiz (nem de arbitro de futebol).
O que é contrario à virtude da justiça, e foi reprovado por Nosso Senhor, é o juizo temerario, ou seja, imputar pecado ou más intenções ao proximo sem fundamento suficiente. Toda pessoa tem direito à sua boa reputação e quem atribui a outrem faltas não cometidas furta-lhe esse direito.
Olá Norma,
Sobre o Yancey, baseado nesta sua última resposta, e na atualização do seu post: possuo o livro Maravilhosa Graça, um livro que me emocionou e me marcou muito; um daqueles livros que você quer dar de presente para um monte de gente, o que fiz, incluindo para amigos não cristãos. Cheguei a comentá-lo no meu blog, o que você pode ver aqui, se quiser.
No livro, eu fiquei impactado com as histórias do autor em torno do tema da Graça, e procurei refletir muito sobre isso, fazer uma auto-avaliação mesmo. Se não me engano, no capítulo 18, ele conta a história do seu grande amigo que assumiu sua homossexualidade, também falando de como ele via a igreja tratando deste assunto, com ódio e ressentimento, lembrando a conduta das igrejas "racistas" de tempos atrás, de onde ele tinha se originado.
Sem querer defendê-lo, mas com a leitura especificamente deste livro/capítulo eu não havia concluído que ele apoiava a causa de um "cristianismo gay", mas sim só não apoiava a violência e o ódio que via em alguns da igreja ao tratar da questão. No fim do capítulo, inclusive, ele diz que se negou a participar de uma cerimônia (não lembro qual) da igreja do seu amigo, por não concordar com ela.
Ainda sem querer defendê-lo ou duvidar de você, mas nesta reportagem que você viu, existe alguma frase dele mesmo, como a de Manning, que reitera o ponto de vista informado? Ou a revista apenas "cita" o nome dele - tem embasamento? Caso seja assim mesmo, ou seja, ele defenda um "cristianismo gay", sou contra ele. Não pretendo jogar este livro fora hehehehe, mas fico decepcionado, pois não concordo; e este fato só reitera um comportamento que venho enxergando dentro da igreja:
O fato é que quando defendemos o homossexualismo como pecado, eu vejo que não temos que defender apenas para "os de fora", mas sim para "os de dentro". De duas coisas eu tenho certeza: a Igreja está dividida neste ponto, o que a enfraquece, abrindo as portas para o erro; e esta divisão não vem de Deus. Isso me lembra o livro de Erwin Lutzer, sobre o envolvimento ou "vista grossa" da igreja protestante com o nazismo. Hitler fez mesma coisa: começou dividindo, gerando dúvida... Bonhoeffer que o diga.
Parece que só de se comentar o tema (só comentar mesmo, sabe, "falar alto", não meter o pau) com alguns irmãos, já se é automaticamente taxado de usar de falta de amor, ser preconceituoso, a-igreja-tem-que-parar-de-acusar-o-erro-dos-outros-e-falar-de-amor e por aí vai.
Nestes casos, só me resta responder: "E Paulo, em Romanos 1, estava agindo com falta de amor também? Quando você lê esta passagem, fala tudo isso também para ele? Pois, ao meu ver, é a mesma coisa, e só a repetição do que ele disse."
É mais um exemplo do bom e do mau julgar, que precisamos aprender a diferenciar.
Acho que este movimento vai ganhar cada vez mais força, e por isso, vamos ficar cada vez mais isolados, mesmo dentro de nossa própria "casa".
Abraços.
Quanto a Nietzche: tive a brilhante idéia de comprar O Anticristo para ler; conhecer o autor.
Além de não ter tido estômago para terminar, quase queimei... :-)
Mas ainda vou tentar terminar.
Depois li este que consegui importar só com a ajuda de um amigo que, além dos gibis que pedi, também o trouxe para mim. Já tem tradução no Brasil, e pretendo comentá-lo logo no meu blog. Apesar de não ser perito nele, e nem me interessar em ser, achei boa a análise que a autora fez do filósofo.
Nietzche, Nietzche... Igreja, igreja...
Olá, Cristiano,
A reportagem apenas faz alusão ao assunto, mas já na época em que escrevi meu primeiro post sobre o Yancey eu fiz uma pesquisa simples pela internet, em inglês, e encontrei as mesmas referências que o Julio Severo apontou em seu blog. Eu jamais tocaria no assunto sobre Yancey caso o próprio não tivesse deixado transparecer sua leviandade (no mínimo) para com o tema. Transcrevo aqui uma parte do texto do Julio:
Philip Yancey deu uma surpreendente entrevista para Candace Chellew-Hodge, fundadora de Whosoever, uma revista eletrônica para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros... cristãos. Essa não é uma revista para cristãos que lutam contra tendências homossexuais, mas para que gays possam se sentir confortáveis e tranqüilos com seu pecado e ao mesmo tempo professar uma fé pretensamente bíblica.
Aliás, Candace argumenta ao explicar sua missão: “A homossexualidade, como conhecemos hoje, não é condenada em nenhum lugar da Bíblia”. Candace é pastora de uma igreja que aceita gays assumidos e não-arrependidos não só entre o povo, mas também na liderança.
A conversa entre Candace e Yancey, intitulada “Impressionado com a Graça”, é bastante amigável e mostra dois lados de uma mesma moeda: de um lado, alguém que está satisfeita com sua condição homossexual, não quer se arrepender nem mudar de vida, mas não abre mão de sua identificação cristã; do outro lado, um famoso escritor evangélico que está tranqüilo quanto a essa postura. As declarações a seguir são do próprio Yancey, em sua entrevista à pastora lésbica:
“Tenho freqüentado igrejas gays e lésbicas e fico triste que a maioria das igrejas evangélicas não tenha espaço para os homossexuais. Encontrei cristãos maravilhosos e comprometidos nas igrejas ICM (Igreja Cristã Metropolitana, uma denominação que defende o estilo de vida homossexual). Eu queria que as outras igrejas se beneficiassem da fé desses cristãos gays”.
“Durante anos, Mel White foi um dos meus amigos mais íntimos antes que ele me revelasse sua orientação sexual. (A propósito, ele ainda é meu amigo.)… Quando as pessoas me perguntam como é que consigo manter amizade com um pecador como Mel, responde perguntando como Mel consegue manter amizade com um pecador como eu. Mesmo se eu concluir que toda conduta homossexual é errada, como querem muitos cristãos conservadores, sou compelido a responder em amor”.
“No que se refere a assuntos de doutrinas, como a ordenação de pastores gays e lésbicos, fico confuso… Francamente, não sei a resposta para essas questões”.
“Obviamente, se uma igreja está dizendo que você precisa abandonar a orientação sexual, essa igreja precisa receber educação”.
“Já estive em igrejas gays e lésbicas cujo fervor e compromisso deixariam a maioria das igrejas evangélicas mortas de vergonha”.
Em outra entrevista igualmente reveladora ao site Interference, de fãs da banda U2, Yancey respondeu que seu autor favorito é Frederick Buechner. Buechner é pastor e teólogo da PCUSA, denominação presbiteriana liberal dos Estados Unidos. Essa denominação “abençoa” uniões homossexuais, e tal postura tem custado a perda de congregações mais conservadoras, que se recusam a abandonar os ensinamentos da Bíblia sobre o homossexualismo.
O restante está em
http://juliosevero.blogspot.com/2008/01/estranha-graa-philip-yancey-e-o.html (se o link não aparecer direito, o título é "Estranha graça: Philip Yancey e o homossexualismo")
Abraços!
Olá, Cristiano,
A reportagem apenas faz alusão ao assunto, mas já na época em que escrevi meu primeiro post sobre o Yancey eu fiz uma pesquisa simples pela internet, em inglês, e encontrei as mesmas referências que o Julio Severo apontou em seu blog. Eu jamais tocaria no assunto sobre Yancey caso o próprio não tivesse deixado transparecer sua leviandade (no mínimo) para com o tema. Transcrevo aqui uma parte do texto do Julio:
Philip Yancey deu uma surpreendente entrevista para Candace Chellew-Hodge, fundadora de Whosoever, uma revista eletrônica para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros... cristãos. Essa não é uma revista para cristãos que lutam contra tendências homossexuais, mas para que gays possam se sentir confortáveis e tranqüilos com seu pecado e ao mesmo tempo professar uma fé pretensamente bíblica.
Aliás, Candace argumenta ao explicar sua missão: “A homossexualidade, como conhecemos hoje, não é condenada em nenhum lugar da Bíblia”. Candace é pastora de uma igreja que aceita gays assumidos e não-arrependidos não só entre o povo, mas também na liderança.
A conversa entre Candace e Yancey, intitulada “Impressionado com a Graça”, é bastante amigável e mostra dois lados de uma mesma moeda: de um lado, alguém que está satisfeita com sua condição homossexual, não quer se arrepender nem mudar de vida, mas não abre mão de sua identificação cristã; do outro lado, um famoso escritor evangélico que está tranqüilo quanto a essa postura. As declarações a seguir são do próprio Yancey, em sua entrevista à pastora lésbica:
“Tenho freqüentado igrejas gays e lésbicas e fico triste que a maioria das igrejas evangélicas não tenha espaço para os homossexuais. Encontrei cristãos maravilhosos e comprometidos nas igrejas ICM (Igreja Cristã Metropolitana, uma denominação que defende o estilo de vida homossexual). Eu queria que as outras igrejas se beneficiassem da fé desses cristãos gays”.
“Durante anos, Mel White foi um dos meus amigos mais íntimos antes que ele me revelasse sua orientação sexual. (A propósito, ele ainda é meu amigo.)… Quando as pessoas me perguntam como é que consigo manter amizade com um pecador como Mel, responde perguntando como Mel consegue manter amizade com um pecador como eu. Mesmo se eu concluir que toda conduta homossexual é errada, como querem muitos cristãos conservadores, sou compelido a responder em amor”.
“No que se refere a assuntos de doutrinas, como a ordenação de pastores gays e lésbicos, fico confuso… Francamente, não sei a resposta para essas questões”.
“Obviamente, se uma igreja está dizendo que você precisa abandonar a orientação sexual, essa igreja precisa receber educação”.
“Já estive em igrejas gays e lésbicas cujo fervor e compromisso deixariam a maioria das igrejas evangélicas mortas de vergonha”.
Em outra entrevista igualmente reveladora ao site Interference, de fãs da banda U2, Yancey respondeu que seu autor favorito é Frederick Buechner. Buechner é pastor e teólogo da PCUSA, denominação presbiteriana liberal dos Estados Unidos. Essa denominação “abençoa” uniões homossexuais, e tal postura tem custado a perda de congregações mais conservadoras, que se recusam a abandonar os ensinamentos da Bíblia sobre o homossexualismo.
O restante está em
http://juliosevero.blogspot.com/2008/01/estranha-graa-philip-yancey-e-o.html (se o link não aparecer direito, o título é "Estranha graça: Philip Yancey e o homossexualismo")
Abraços!
Gus e Rodrigo,
Pois é, e essa inaptidão para discernir - mesmo quando o pecado do outro está claro - é sinal dos tempos. Quando a igreja não joga luz sobre a questão, está participando das mesmas obras más. É impressionante como, hoje, as pessoas lêem sem ler e ouvem sem ouvir. O erro está ali, claro como água, mas o teor idolátrico que certas personalidades adquirem na mídia é tão forte que suas palavras soam tão amorais como um barulhinho gostoso ao ouvido.
Cristiano, Paulo falou tanto sobre o cuidado que devemos ter com falsos ensinamentos e falsos mestres, mas parece que hoje a regra é o seguinte: se o ensino é agradável, adote-se. Por isso, aprovo quando a reportagem da Eclésia fala que a igreja participa do mesmo relativismo e hedonismo seculares quando deixa de atentar para essas confusões de doutrina.
É dona Norma, our potato will burn, e de dentro para fora: prevejo que a pressão interna para a aceitação da homossexualidade no meio cristão só vai aumentar, e nos dividir ainda mais. Vai dar briga, e muito rolo.
Mas, sabe como é: Moisés subiu ao monte, e ficou lá por 40 dias. O povo se cansou, e resolveu seguir o conselho do seu "próprio umbigo", o que resultou na apostasia. Jesus subiu aos céus, e o cenário se repete.
Não, Jether, não é de você que eu estava falando. Aliás, é fácil ver que você de fato pouco se lixa para qualquer coisa semelhante a amizade. Basta ver esse tom policial que você usa ao vir falar comigo.
Aliás, não se preocupe: quando eu tiver certeza de que postar um vídeo do You Tube no blog é algo moralmente errado, serei a primeira a me arrepender e mudar minha atitude. Como isso ainda não aconteceu, o vídeo continua ali e você deveria mudar o disco.
Cristiano, the potato is already burning em todos os lugares. Viu a perseguição dos dois médicos americanos que, por convicção cristã, recusaram-se a fazer a inseminação artificial no corpo daquela mulher que "virou homem" e quis engravidar depois? Estão sendo processados. Isso não vai acabar nunca, só vai piorar. A perseguição, como disse a leitora Luciana em outro post, é uma das maiores certezas na vida do cristão verdadeiro. E Cristo ainda disse para nos regozijarmos com ela! That's the way it is.
Aliás, não deixem de ler a Portas Abertas desse mês, com notícias sobre os médicos americanos e as perseguições aos cristãos chineses.
Criatura, antes de mais nada, você é muito chato, mas mesmo assim, como eu tenho uma paciência de Jó, vou lhe responder.
- Se é verdade que você não me destratou, também é verdade que não foi lá muito simpático na forma de seus posts nem solícito quando pedi mais argumentos e explicações sobre a pirataria. Você queria me convencer com frases pequenas. Foi a essa falta de simpatia e empatia aqui no blog que chamei "falta de preocupação com amizade" e não preciso pedir desculpas por isso. Não se trata de julgamento: você mesmo disse que não fez nada por amizade neste blog, mas "impessoalmente". (Viu como é fácil dizer "você me julgou"? Esse post é para você, Jether, leia-o de novo.) Quanto ao que você é pessoalmente, nada posso dizer, pois não o conheço! Você não ligou para amizade AO VIR FALAR COMIGO - foi o que você mesmo disse.
- Não vou dar réplica nenhuma só porque você está pedindo. Não tenho obrigação alguma de continuar uma conversa "impessoal" (portanto, muito pouco agradável), principalmente quando minha opinião sobre o assunto não está formada. Se você quisesse mesmo continuar a conversar sobre pirataria e não ter sua "caveira feita" (por você, na verdade, não pelos leitores), deveria incluir um pouco mais de gentileza e pessoalidade nas suas palavras aqui.
- Para finalizar, não vou publicar mais nada seu até que esse tom agressivo (que você assumiu desde o início e não larga!) seja minimizado.
Raquel, não postei seu comentário para que seu e-mail não ficasse à mostra. Respondi a você por lá.
Abraços.
Oi, Norma,
Gostei do seu texto. Espero que meu blog não tenha nem palavrões nem fotos obscenas.
De fato, há uma complacência crescente com o pecado entre os cristãos, o que se confunde com o "amar as pessoas como elas são". Amamos as pessoas, não seus pecados. São duas coisas bem diferentes.
Discordamos em relação a muitos assuntos, mas nisso creio que concordamos. As referências a Marx e Foucault, penso eu, estão descontextualizadas do foco de seu texto, que é a questão da aceitação do homossexualismo entre a Igreja.
De qualquer modo, concordo com quase tudo o que você fala.
Um abraço,
Oi, Norma,
gosto muito de ler o seu blog. Mas tenho muitas dúvidas, pois não sei onde encontrar o pensamento cristão autêntico em meio a tanta diluição e tanta pusilanimidade no trato com as Escrituras Sagradas. A leitura deste post me fez pensar bastante e uma das coisas que fiquei me perguntando foi: por que será que não encontramos condenação explícita ao homossexualismo feminino na Bíblia? Quer dizer, eu nunca encontrei, mas agradeceria muito se você me pudesse esclarecer se existe essa condenação no texto. E, em caso de omissão, a que poderíamos atribuir tal silêncio, uma vez que o pecado é o mesmo.
Um abraço.
Oi, Livia,
Olha, encontramos sim, e ao lado da condenação ao homossexualismo masculino. Está em Romanos 1:24-27.
24 Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
25 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
Repare que o que Paulo chama de "erro" é apontado primeiro entre as mulheres como exemplo de "desonra de seus corpos": "Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza" (v. 26). A palavra "semelhantemente" informa que se trata do mesmo erro. E a explicitação desse erro se dá logo no versículo seguinte. Não há como se interpretar diferente.
Não creio que haja omissão. Acho apenas que o homossexualismo masculino aparece mais, porque as mulheres gays são muito mais discretas que os homens gays. Então, fala-se mais dele que do feminino. Pelo menos, é a impressão que tenho.
Abraços!
Me desculpe, Norma, mas sempre achei que essa referência era sobre a prática da sodomia entre homans e mulheres, tal como ela é feita entre homens. Mas é fato que a prática homoerótica, feminina ou masculina, não agrada a Deus
"Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza" (v. 26).
Entendi, Maya! Mesmo assim, vou pela primeira interpretação, por causa do "semelhantemente". Aliás, uma boa exegese seria interessante aqui.
Excelente seu artigo num momento que se clama pela extinção da culpa. No processo de "desculpabilização" a disciplina é desnecessário. Assim como é desnecessário dizer que tal comportamento está fora da Palavra de Deus. Entretanto, toda disciplina deve ser dada em amor, caso contrário, daqui a pouco teremos penitenciárias para crentes, no sentido de que não recuperam ninguém.
Visite no meu blog a última postagem sobre o Ministério Feminino, um presente às mulheres por ocasião do Dia da Mulher. Fique à vontade para opinar e criticar!
Putz, agora é que vi que o Jether excluiu as postagens dele e me deixou aqui falando sozinha igual a uma maluca. Taí uma coisa que nunca fiz: apagar minhas postagens ao ver que o rumo da conversa escapava a meu controle. Mas não farei o mesmo; que fiquem as minhas e que o leitor (que remédio?) complete o diálogo de acordo com sua imaginação.
Daladier, obrigada! Vou dar um pulo lá sim. Abraços!
Vocês cristãos, eles cristinhos... diria Quintana.
Postar um comentário