10 outubro 2010

Persona

Em que momento o nome de uma pessoa não mais é seu nome, íntimo e exclusivo, mas sim o nome que apresenta qualidades para o mundo, nome exterior apenas, portador de imagens coletivas que colaram naquela pessoa como um terno?

Sai-se melhor nisso a pessoa pública que escolhe um pseudônimo?

Ou seria melhor jamais ser famoso? Recusar-se a ter amigos superficiais? Recusar a mídia? Viver recluso?

Como não permitir que esse eu coletivo, espécie de caricatura elogiosa, tome o lugar do eu inesgotável? Do eu que, acima de tudo, é filho de Deus?

A fama moderna é uma das mais difundidas idolatrias. Não é à toa que muitas celebridades se desumanizam, e dizem delas que chegam a ser cruéis em sua egolatria.

Invejar o famoso – o próprio cerne da publicidade – é cavar um buraco em si. Qualquer coisa pode preenchê-lo. Mas adorar a Deus é deixar que o Espírito tome conta. No primeiro caso, sou o que dizem que sou, pobre feitura de homens. No segundo, sou o que Deus idealizou, o produto de Seus inescrutáveis pensamentos. Só Nele há plenitude.

5 comentários:

Anônimo disse...

"Recusar-se a ter amigos superficiais?" Existem amigos fora do "eu coletivo" ? A manutenção da amizade em si, ou da respeitabilidade ao seu status ( não à você, o você que caga e transa, mas à imagem de auto-determinação e assertividade que se passa ) no ambiente de trabalho, ou qualquer outra forma de "representação" - no sentido schopenhaueriano - depende da artificialidade e de um certo "estupro" à própria individualidade para a sua manutenção - eu diria que ter amigos é o pior dos trabalhos, mais desgastante que minar carvão.
Hoje somos presas facílimas disso, presas contentes e até mesmo agradecidas ao predador - todas as novas tecnologias são adaptadas à algum aparelho ( gadget ) que " facilita a aproximação e o fluxo de informação entre as pessoas - somos a geração mais artificial da história ( minha opinião )e mais disfuncional.
Eu sei ser insuportável, haha. Enfim, o que achou do debate na Band?

Esli Soares disse...

Norma,

Realmente é a Graça que nos livra de nós mesmo. Só em Deus podemos ser, humanos plenamente, por ao ser dEle, somos tudo o que fomos feito para ser.

Na paz dEle
Esli Soares

Ricardo disse...

Olá, estou estudando o cristianismo protestante, e gostaria de ter o MSN de alguns protestantes para conversar sobre o assunto. Por favor, é importante. Obrigado.

Esli Soares disse...

R.N.

Posso te ajudar, mas isso levará algum tempo, por hora entre no blog, http://acruzonline.blogspot.com/ e então por la conversaremos.

No mais, na paz
Esli Soares

Tiago Cesar Nascimento disse...

Tem uma música gravada na voz do Djavan chamada "Sorri"... Lembrei dela quando li esse post... É só colocar no Google "Sorri Smile Djavan" que aparece...

Fiquem com Deus! ;)