Quando eu assistia à tv, na companhia da família, já achava o Fantástico um programa deprimente. Fui criada desde pequena exposta ao "Show da Vida" em uma época maníaca por reportagens sensacionalistas (quem lembra da Revista Manchete, que pingava sangue?). A Globo nos mostrava sem pudor nenhum histórias de gente que conseguiu gravar vozes do além ("Hildaaaa...") e de um rosto humano que descobriram esculpido em Marte. Eram os fakes da época, desmentidos alguns episódios depois por jornalistas com a maior cara de concreto do mundo. Davam o maior ibope. E sempre eram noticiados com força e furor, acompanhados de músicas clássicas cheias de percussão histriônica. Não admira que eu tivesse um monte de pesadelos depois.
A conversão ao cristianismo me livrou da Globo nos domingos à noite - um dos muitos bônus de Deus na minha vida. Salvou meus domingos, que sempre haviam sido deprimentes. Por influência do André, não assisto à tv aberta há mais de uma década. Não faço cruzada contra a Globo, não compartilho mensagem de quem faz, não conheço os atores globais da última nem da penúltima (nem talvez da antepenúltima) geração, não ouço o que dizem nem acompanho o que fazem. Quando o cabeleireiro quer me dar uma referência global de corte de cabelo, fracassa miseravelmente, porque não sei do que ele está falando. Não é maravilhoso?
Em suma, penso que o formato de entretenimento televisionado - programação que você não decide entremeada de comerciais irritantes e chamadas mandando você fazer isso ou aquilo - já está extinto. E foi tarde. Ou seja, para mim, na era da internet e da Netflix, a Globo simplesmente não existe. A vida é tão melhor que vir direto do trabalho para a televisão. Quando André chega, podemos ficar cada um no seu canto, lendo ou vendo o que quisermos ver; podemos assistir juntos a um episódio de seriado (que escolhemos) enquanto jantamos; ou podemos passar o final do dia conversando sobre um milhão e meio de assuntos. Ou ainda, podemos fazer um pouco de tudo isso. É sempre bom; nunca é aquela coisa anestesiante, "estou muito cansado para qualquer coisa, então ligo o aparelho e morgo no sofá, engolindo o que passar", como era antigamente. Eu aderiria com prazer a uma campanha, não contra a Globo, mas no estilo Bia Bedran: "Criança, agora desliga a tv e vai brincar." E isso é tudo o que você vai ouvir de mim caso queira me perguntar o que eu acho de qualquer coisa relacionada à Rede Globo ou à bitoladora tv "aberta".
A conversão ao cristianismo me livrou da Globo nos domingos à noite - um dos muitos bônus de Deus na minha vida. Salvou meus domingos, que sempre haviam sido deprimentes. Por influência do André, não assisto à tv aberta há mais de uma década. Não faço cruzada contra a Globo, não compartilho mensagem de quem faz, não conheço os atores globais da última nem da penúltima (nem talvez da antepenúltima) geração, não ouço o que dizem nem acompanho o que fazem. Quando o cabeleireiro quer me dar uma referência global de corte de cabelo, fracassa miseravelmente, porque não sei do que ele está falando. Não é maravilhoso?
Em suma, penso que o formato de entretenimento televisionado - programação que você não decide entremeada de comerciais irritantes e chamadas mandando você fazer isso ou aquilo - já está extinto. E foi tarde. Ou seja, para mim, na era da internet e da Netflix, a Globo simplesmente não existe. A vida é tão melhor que vir direto do trabalho para a televisão. Quando André chega, podemos ficar cada um no seu canto, lendo ou vendo o que quisermos ver; podemos assistir juntos a um episódio de seriado (que escolhemos) enquanto jantamos; ou podemos passar o final do dia conversando sobre um milhão e meio de assuntos. Ou ainda, podemos fazer um pouco de tudo isso. É sempre bom; nunca é aquela coisa anestesiante, "estou muito cansado para qualquer coisa, então ligo o aparelho e morgo no sofá, engolindo o que passar", como era antigamente. Eu aderiria com prazer a uma campanha, não contra a Globo, mas no estilo Bia Bedran: "Criança, agora desliga a tv e vai brincar." E isso é tudo o que você vai ouvir de mim caso queira me perguntar o que eu acho de qualquer coisa relacionada à Rede Globo ou à bitoladora tv "aberta".
6 comentários:
ANESTESIANTE: Acho que esta palavra que vc utilizou definiu bem o que é a TV. Estou com o propósito de imitar vcs, dar adeus à TV e buscar outros meios de informação e entretenimento. Um abraço
Que bom, Rauni! Depois escreva sobre como foi essa experiência. Abraço!
Agradeço a Deus pela internet que pra mim é sinônimo de personalização.
Achava a tv aberta muito chata, programação bitolada.
Passei a usar tv paga. Melhorou, mas não muito.
Mas com a internet ficou muito melhor. Não tenho que me programar se quiser ver algo e posso escolher quem ler ou ouvir tanto nas notícias como no entretenimento(séries e filmes e blogs como esse).
E sempre que acho algo que me traz à memória alguém conhecido, compartilho e comento.
Por mais pessoas libertas!
Sim, a internet, bem usada, é libertadora mesmo!
Oi Norma, muito bom o seu texto e também libertador. Já estou a 2 anos e meio sem TV e não sei o que é Globo na minha vida a muito tempo. Aliás eu nunca fui de ver muito televisão, só quando morava com a família, como você, e era obrigada a ver o "show da vida" porque não tinha nada mais pra fazer. A internet é bem usada aqui em casa e estamos sempre bem informados e felizes com esta opção que fizemos em conjunto. Bjs
Há quatro anos eu e meu marido decidimos não assistir mais TV e foi libertador. Hoje tempos mais tempo para nos dedicarmos ao estudo da Bíblia, leituras cristãs, conversamos muito...me sinto igual a você quando minha família faz comentários sobre a novela, ao programa X, Y...enfim, bem vindo internet.
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