Se dizemos para as pessoas que este país está uniformemente à esquerda, que os ideais socialistas invadiram maciçamente a educação e a mídia, que mesmo quem não se diz “de esquerda” fica horrorizado diante de afirmações contrárias à agenda socialista, não nos acreditam. No entanto, elas mesmas são a maior prova disso. Seja sob a forma de um questionamento racional de pilares do pensamento de Marx, como por exemplo a luta de classes, ou através da sugestão do mais leve arranhado na imagem de ídolos da esquerda como Che Guevara, a mera proposta de pôr em arena tais idéias é algo que para elas cheira tanto a “direitismo” que não conseguem conter um misto de indignação e sentimento de religião ofendida – esquecendo-se de que os verdadeiros religiosos nunca se negam a debater sua fé, pois não a contrapõem à razão. Desta forma, os mesmos que silenciam sobre questões de política quando contrariam suas crenças – e o fazem quase em desespero, implorando para que não insistamos, quando não recorrem a expedientes toscos para nos dissuadir a continuar, como digressões ou chantagem emocional – são os que confirmam a uniformidade esquerdista em que o povo brasileiro está imerso: uniformidade que, longe de caracterizar “maturidade política”, testemunha a condição coletiva de aderência cega a um conjunto de dogmas impenetráveis, típica, isso sim, de cooptados por estranhas seitas religiosas.
Essa "condição coletiva de aderência cega" não é à toa no Brasil, mas atesta o pleno funcionamento do ideal de Antonio Gramsci: a revolução não pelas armas, mas por um investimento pesado na cultura e na educação. Se está com preguiça de ler Gramsci, leia pelo menos isto aqui, e depois venha me contar o que achou:
http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=3760
Um comentário:
Norma:
Gostei muito do seu comentário no meu blog. Aliás vou adicionar o seu blog na minha lista de links.
Puxa! Tu és do Rio, né? Estive por aí em março mas tu não estavas ainda na lista-l não é mesmo. Uma pena....
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