Avalie os custos devidos à seriedade com que se deve levar o cristianismo radicalmente [no sentido de "raiz"] escriturístico. Questione-se sobre que lado você deve assumir nessa tensa batalha espiritual de nossos dias. Um "acordo de cavalheiros" não é uma opção válida. Ficar "em cima do muro" não é possível. Ou o motivo básico da religião cristã [criação-queda-redenção] trabalha em nossas vidas, ou servimos a outros deuses. Se a antítese lhe parece radical demais, reflita se um cristianismo menos radical não seria como o sal que perdeu o sabor. Eu afirmo a antítese de um modo tão radical para que experimentemos de novo o poder e os afiados dois gumes da Palavra de Deus. Você deve experimentar a antítese como uma tempestade espiritual que se abate sobre você, iluminando tudo, e em seguida purifica o ar abafado. Se você não experimenta esse fato como um poder espiritual que requer o render-se de todo o seu coração, não haverá frutos na sua vida. E então você ficará à parte de toda a grande batalha que a antítese sempre instiga. Por si só, você não pode empreender essa batalha, mas sim a dinâmica espiritual da Palavra de Deus, que se lança à batalha em nós, e nos impele, embora sejamos "carne e sangue".
Que Deus nos ajude a viver essa consciência, porque muitas vezes preferimos estar "em paz" (paz forjada) com nosso pecado e com o mal no mundo. Ou então, tomamos armas carnais para lidar com ambos. Que, sobretudo, possamos depor as armas carnais e assumir armas verdadeiramente espirituais - algo que só é possível quando nosso coração é depositado todos os dias aos pés de Cristo.
5 comentários:
Faça isso em minha vida, Senhor! O meu "eu" está desesperado por isso - Redenção total a Ti. Viver sem máscaras, nem fingimentos. Sim, aí sim, serei capaz de ser um instrumento de paz para Ti e ao meu redor.
Norma,
Vc poderia exemplificar "armas carnais"??
Obrigado
É isso, Simone!
Rauni, você pode meditar nesses trechos bíblicos:
2 Coríntios 10:3-5: "Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo…"
Efésios 6:10-18: "… a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis."
Junto também a esse texto:
“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade (amor), gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.” Gl 5.19-23
Por exemplo, responder a um acusador ou mentiroso com ira pecaminosa (que nos faz "matar" o outro em nosso coração) é usar uma arma carnal.
Se ainda houver dúvidas específicas, escreva novamente, ok? Abraço!
Mais uma vez obrigado
Há poucos dias, ouvi uma pregação de um pastor da igreja O Brasil para Cristo (pr. Paulo Lutero de Melo) na qual ele parabenizava, por exemplo, testemunhas de jeová que permitem que seus filhos morram mas não se submetem a transfusões de sangue, afirmando que há religiosos mais firmes em suas convicções e com atos mais coerentes com elas do que a maioria dos cristãos, que, sob a justificativa de estarem contextualizados, ou de não serem chatos, acabam por fazer concessões e incorrer em contradições. Falta-nos a radicalidade tratada no texto. Falta-nos a disposição ao isolamento e à rejeição, caso seja esse o preço a ser pago por um comprometimento. Que a graça de Deus quebre as barreiras em nós e nos livre de temores e do anseio de sermos "bacanas".
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