31 julho 2013

Empobrecendo o Ocidente

Herbert Schlossberg, em Idols for Destruction (sobretudo nas páginas 282-3), retraça em linhas gerais o processo de empobrecimento e crise dos países do Ocidente cuja economia se vale da ideia da "soma zero": ganha-se apenas com a perda de outros. Com base na progressão que ele oferece, esbocei o seguinte esquema:

1- Imbuído da ideologia marxista, que prega uma ideia equivocada de “igualdade”, o Estado se incumbe do que chama “redistribuição de renda”, com impostos abusivos e políticas humanitárias que transformam pobres, imigrantes e desempregados em eternos dependentes.

2- A redistribuição afeta negativamente a produção: há menos trabalho, menos investimentos, menos poupança e cada vez mais consumo, pois quem não trabalha não produz (e vive do dinheiro alheio) e quem trabalha se sente desestimulado a produzir, investir e poupar para ter que entregar grande parte dos frutos de seu esforço nas mãos do Estado.

3- Cria-se assim um ambiente psicológico de “carpe diem”, com toda uma população sendo estimulada à irresponsabilidade e ao imediatismo. (E ainda culpa-se o "capetalismo" pelo consumo desenfreado!)

4- Os ideólogos, sempre a serviço do Estado, contemplam esse estado de coisas e culpam automaticamente outros fatores: o planeta tem gente demais, não há recursos para todos, produzir gera poluição, desmatamento e destruição...

5- Logo, o que é necessário? Sem alternativa à vista, a resposta deles é: mais controle estatal. As “soluções”, sendo erradas, só pioram o problema e empurram as nações – financeira e moralmente – mais para baixo. (Políticas estatais de estímulo ao aborto e ao homossexualismo talvez sejam propostas como medidas de controle populacional...)

6- O Estado reforça as políticas de redistribuição. Tudo recomeça, e a máquina estatal se torna cada vez mais poderosa, angariando mais dependentes, inibindo as iniciativas privadas e emperrando a produção.

Tudo isso poderia ser evitado se nossa sociedade tivesse adotado como base alguns princípios bíblicos: limitação do poder do Estado, redenção somente através de Cristo (e não pela economia, como ocorre no marxismo), responsabilidade individual, caridade com discernimento etc.

O livro de Schlossberg é imperdível! Devo publicar citações dele aqui esta semana.

5 comentários:

Unknown disse...

Olá Norma!
Existe alguma coisa deste autor em português? O assunto me interessou muito.

www.cafeegraca.blogspot.com

Patricia Braga disse...

Muito bom! Que Deus continue te usando para ser canal de bênçãos através dos artigos.

Anônimo disse...

Ainda bem que a Bíblia revela Deus como o Dono da história da humanidade. "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."
Apocalipse 1:8

Leonardo Bruno Galdino disse...

Muito bom, Norma! Prossiga. Do tanto que você fala nesse livro, deve ser mesmo muito bom.

Ansioso pelos próximos posts.

Forte abraço!

Norma disse...

Oi, Marco! Não tem, mas o Felipe Sabino já manifestou seu interesse de publicar o livro pela Monergismo. Esperemos, pois!

Sim, Luciana! Toda análise da cultura deve ser empreendida com essa perspectiva. Se não, desfalecemos sem esperança!

Obrigada, Unknown e Leo!