Herbert Schlossberg, em Idols for Destruction (sobretudo nas páginas 282-3), retraça em linhas gerais o processo de empobrecimento e crise dos países do Ocidente cuja economia se vale da ideia da "soma zero": ganha-se apenas com a perda de outros. Com base na progressão que ele oferece, esbocei o seguinte esquema:
1- Imbuído da ideologia marxista, que prega uma ideia equivocada de “igualdade”, o Estado se incumbe do que chama “redistribuição de renda”, com impostos abusivos e políticas humanitárias que transformam pobres, imigrantes e desempregados em eternos dependentes.
2- A redistribuição afeta negativamente a produção: há menos trabalho, menos investimentos, menos poupança e cada vez mais consumo, pois quem não trabalha não produz (e vive do dinheiro alheio) e quem trabalha se sente desestimulado a produzir, investir e poupar para ter que entregar grande parte dos frutos de seu esforço nas mãos do Estado.
3- Cria-se assim um ambiente psicológico de “carpe diem”, com toda uma população sendo estimulada à irresponsabilidade e ao imediatismo. (E ainda culpa-se o "capetalismo" pelo consumo desenfreado!)
4- Os ideólogos, sempre a serviço do Estado, contemplam esse estado de coisas e culpam automaticamente outros fatores: o planeta tem gente demais, não há recursos para todos, produzir gera poluição, desmatamento e destruição...
5- Logo, o que é necessário? Sem alternativa à vista, a resposta deles é: mais controle estatal. As “soluções”, sendo erradas, só pioram o problema e empurram as nações – financeira e moralmente – mais para baixo. (Políticas estatais de estímulo ao aborto e ao homossexualismo talvez sejam propostas como medidas de controle populacional...)
6- O Estado reforça as políticas de redistribuição. Tudo recomeça, e a máquina estatal se torna cada vez mais poderosa, angariando mais dependentes, inibindo as iniciativas privadas e emperrando a produção.
Tudo isso poderia ser evitado se nossa sociedade tivesse adotado como base alguns princípios bíblicos: limitação do poder do Estado, redenção somente através de Cristo (e não pela economia, como ocorre no marxismo), responsabilidade individual, caridade com discernimento etc.
O livro de Schlossberg é imperdível! Devo publicar citações dele aqui esta semana.