14 janeiro 2013

Resultado do Concurso Apologético!

Eis o resultado, enfim! Pedi a meu marido que me ajudasse na escolha. Selecionei as seis melhores e lhe mostrei, sem os devidos autores, para que ele não fosse influenciado por algum nome conhecido. Fiquei feliz ao ver que, das seis, a escolha dele foi a mesma que a minha.

Repito e expando aqui os critérios para a escolha, sobretudo por um propósito didático: quem sabe um dia você não será convidado para falar na televisão?

- Brevidade. Todos nós sabemos o quanto o Jô gosta de interromper os entrevistados e fazer piada. Aproveitar a "deixa" teológica da pergunta dele e falar o mínimo possível era fundamental. Li as melhores respostas em voz alta e percebi que alguns textos bons e coerentes não funcionariam ao vivo, na língua oral, por serem extensos demais.

- Linguagem acessível. Crente não resiste a um "teologuês". Precisamos tomar cuidado com isso: diante de uma plateia não-evangélica, o uso do nosso "jargão" só contribui para afastar o público do interlocutor.

- Foco na teologia. As perguntas do Jô foram eminentemente teológicas. Era o momento para colocar a preocupação com a alma dele (e dos espectadores) em primeiro lugar, deixando de lado as questões sobre a política, a liberdade de expressão religiosa ou as explicações científicas para o comportamento homossexual, por exemplo.

- Conteúdo essencial. Como as perguntas do Jô versavam sobre o que é o pecado, era necessário que a resposta mostrasse o esquema essencial do Evangelho (criação, queda e redenção) por dois motivos: mostrar que o pecado original se deu depois que Deus disse que "tudo era bom" (a criação) e apresentar a redenção como o único antídoto possível para o pecado.

Por isso, anuncio aqui que a resposta breve, acessível, isenta de digressões e fiel ao essencial do Evangelho (criação, queda e redenção) foi a do...

Thiago McHertt!

Parabéns, Thiago! Por favor, poste um comentário com seu endereço para envio do livro (não o publicarei).

Quero agradecer muito a todos os participantes! Foi uma honra receber tantas entradas em apenas uma semana. Também foi gratificante ler respostas que manifestaram a criatividade de alguns (Roberto Vargas Jr., Yago Martins, Hugo, Jônatas, Antônio Brito), a firmeza de outros (João, Luiz Renato, Cristiano), o carinho de outros (Pr. Samuel, Pr. Macena, Ivonete). Nenhuma resposta foi rejeitada para publicação.

Daqui a algum tempo, aparecerei com um novo Concurso Apologético. Não percam!

Republico aqui a resposta do Thiago:
Jô, tudo o que Deus faz é bom por definição. Logo, a criação é boa. Mas desobedecemos a Deus, e isso é pecado - e mau. Todos os homens nascem em pecado, ou seja, nascem da natureza caída de Adão. O pecado é o fruto da natureza caída do homem. Nesse sentido, se é verdade que alguém nasce homossexual, isso não o isenta do pecado, mas o confirma. E é nessa condição humana caída e pecaminosa que Deus ordena a mim, a você - Jô -, aos homossexuais e a todos os outros seres humanos "que se arrependam e creiam no evangelho".

Update importante: Um dos pontos mais fortes da resposta do Thiago ao Jô foi o fato de implicá-lo diretamente ("Deus ordena a você"), e isso é bacana porque gera uma reação pessoal. Creio que a apologética jamais deve esquecer que lida primariamente com pessoas, não com conceitos, ideias ou argumentos. Essa pessoalidade está presente em obras imprescindíveis dos maiores apologistas com quem podemos contar: Francis Schaeffer, C. S. Lewis, Cornelius Van Til e muitos outros.

13 comentários:

JOELSON GOMES disse...

Mas o argumento do Jô continuaria, pois segundo o autor da resposta a pessoa nasce em condição de pecado (que é fruto de sua natureza caida) e deve se arrepender dos pecados. Mas veja que Jô pode lhe responder: concordo, mas a homossexualidade não está nesse pacote, a homossexualida está na mesma condição de como se ele nascesse hetero. É uma condição inata. Ele deve se arrepender dos pecados cometidos concordo, mas não de sua condição de nascença, pois essa condição é a mesma de alguém que nasce hetero, é a SUA ORIENTAÇÃO: UNS NASCEM HETEROS, OUTROS HOMO. Homos pecam (não por ser homos), arrependam-se, heteros pecam (não por ser heteros), arrependam-se. Assim, a resposta não convence não, não acha?

Thiago Belarmino disse...

Graça e Paz.

Parabéns pelo trabalho em seu blog desejo que o Senhor continue te abençoando.

Abençoado estou participando da Campanha Siga e Seja Seguido da
UBE blogs! Estou seguindo seu blog.

Siga o meu: Segue abaixo o link do meu blog:
http://gestaosacerdotal.blogspot.com.br/

Aguardo sua visita e parceria.

Graça e Paz!

Thiago Belarmino

Guilherme Arruda disse...

Joelson, creio que a resposta se bastaria pelo exemplo do caso do homem e sua violência: aparentemente nascemos violentos e maus, assim como todo pecado existente.

E como a Bíblia dá nomes a pecados, a homossexualidade, entre tantos outros, está nesse pacote, está nomeada e confirma o salmista:

"Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe." (Salmo 51.5).

Norma disse...

Pois é, Thiago, eu já sabia pelo Facebook que você morava na Irlanda... Por aí os leitores veem que não foi marmelada, porque em sã consciência eu jamais escolheria um candidato com um frete desses, hahahaha!

Brincadeiras à parte, parece que nem é tão caro mandar um livro para o exterior. Fique tranquilo! De qualquer modo, agradeço muito pela alternativa. Vamos sondar com os Correios e depois veremos como faremos. Intuo que a diferença será pequena entre Dublin e o Sul.

Abraços!

Norma disse...

Sim, concordo com Guilherme e Thiago. Para nós, isso não faz a menor diferença: inatos ou aprendidos, os pecados apontam para *tendências* em nós, pelas quais somos responsáveis. Essa é uma confusão comum na mente do incrédulo: aquilo que é inato isenta de culpa. Por isso era bom mesmo não entrar nesse assunto naquele momento.

De qualquer forma, achei que um dos pontos mais fortes da resposta do Thiago ao Jô, que ainda não comentei, foi o fato de implicá-lo diretamente, e isso é bacana porque gera uma reação pessoal. Creio que a apologética jamais deve esquecer que lida primariamente com pessoas, não com conceitos, ideias ou argumentos. (Isso é tão importante que vou fazer um update no post.)

Rodomar Ramlow disse...

Parabéns ao Tiago! Realmente uma boa resposta!

Norma disse...

Nem fale, Thiago... :-( Eu e um amigo francês trocamos uma caixa de livros há algum tempo, e eu paguei bem mais que ele. É aí que vemos o quanto somos escorchados no Brasil de tudo quanto é jeito... :-(

JOELSON GOMES disse...

Vou voltar ao assunto, deixando claro que não tenho o objetivo de causar polêmicas descenessárias, mas expandir e pensar. Ainda acho que Jô sairia fácil da resposta. Observe que a resposta não desmancha o argumento usado por todos de que a homossexualidade é inata, apenas diz que é um pecado ou erro que o homem comete. Ora, isso só vale e deixa sem resposta quem aceita o conceito de pecado, ou entende a prática como algo livre, escolhido pelo praticante, e além do mais errado. Se a pessoa, no caso Jô, não aceita a prática como pecado, e nem como algo adquirido, mas inato, como a cor dos olhos, da pele, a função de respirar, etc. nunca a achará errada, e a resposta não dirá nada a ele, apenas repetirá o mais básico: é pecado. Mas, como entendi (posso te entendido completamente errado) o objetivo da resposta (apologética boa faz isso)era deixar o "oponente" sem palavras pela força do argumeto; não deixa. Nem Jô, nem qualquer outro que defebda a prática.

Seria bom que outros que estão lendo esses comentários propusessem outras respostas também.

Deus abençoe a todos.

Norma disse...

Olá, Joelson,

Concordo com Thiago, principalmente quanto à "apologética boa". É interessante como, muitas vezes, ao pregar para alguém, nós esquecemos como nós mesmos nos convertemos. Foi por causa da "força do argumento"? Ou foi porque, de olhos abertos pelo Espírito, vimos as maravilhas de quem é Deus e vimos nossa própria miséria? Apologética boa é a que ajuda o outro a enxergar, e isso só será possível se apontarmos corretamente para o caráter de nosso Deus e Sua vontade. Seria extremamente contraproducente, em uma entrevista de televisão - com pouco tempo para falar - , que o apologista entrasse em uma discussão sobre o caráter inato ou não do homossexualismo.

Ora, ninguém pode prever o que o Jô diria depois de ouvir a resposta do Thiago. Mas o "gordo" foi confrontado e implicado pessoalmente. O apologista não deve se deixar levar pela ilusão de controlar os raciocínios do outro, mas sim deixar preparado o terreno para o interlocutor principal - o Espírito Santo. É como vejo, como pressuposicionalista.

Abraço!

JOELSON GOMES disse...

Obg, é que tendo ao evidencialismo, por isso o "fincapé" em argumento "irrespondivel". Deus abençoe a todos.

Rogério Linhares disse...

Dr Norma Braga, a graça e a paz esteja com a senhora!... Sei que o senhora é uma mulher bastante ocupado, mas se puder, me tire uma dúvida.
Sempre considerei Billy Graham uma referência de cristão. Entretanto, hoje existem muitos rumores sobre ele ser papista, ecumênico, maçom e herético ( alguns chegam ao extremo de considerá-lo um satanista!!!...
rs... rs...rs...nesse caso um absurdo!!!!...rs...rs...). A minha pergunta (ou perguntas...rs... rs...) é: o que a senhora pode nos informar sobre Billy Graham? Ainda podemos considerá-lo uma referência? Que livros, sites ou vídeos podemos encontrar informações equilibradas e honestas sobre ele?....GRATO!!!!

Norma disse...

Alguém pode ajudar o Rogério? Conheço muito pouco o Billy Graham.

Daniel Albuquerque disse...

Bom dia,

Gostei da escolha, realmente acho que no primeiro momento Jô deveria ser confrontado com a soberania de Deus. E só depois, com a eventual insistência do Jô, a explicação sobre como ser aquilo que não somos pudesse ser explanada. Show de bola! Paz de Cristo!