Um esforço, com a graça de Deus, de recolocar o cristianismo na via dos debates intelectuais. Não por pedantismo ou orgulho, mas por uma necessidade quase física de dar nomes às minhas intuições e contornar o status quo das idéias hegemônicas deste mundo.
06 setembro 2017
É com o amor de Deus que nos vemos melhor
Para algumas pessoas, amar-se em um sentido pecaminoso às vezes significará uma série de atitudes que ninguém em sã consciência chamaria de amor próprio: encolher-se num canto, adiar tarefas, xingar-se secretamente, lamber feridas e sentir-se sempre o último da fila. Não é agradável, não é lisonjeiro, não é produtivo. Mas é mais um jeito que o pecado arrumou para nos manter longe de Deus: autodestruição com máscara de autopreservação. Nesses casos, a tendência é tão arraigada que o esforço precisa ser diário para não fugir da verdade que o próprio Deus nos comunicou: Ele nos ama; Ele perdoou nossas faltas; Ele nos olha através de Jesus e nos santifica dia a dia. Não está mais irado conosco, sem se impacienta por nossos recorrentes pecados, mas nos leva pela mão e com ternura contempla o estágio em que estamos, como um Pai. O olhar Dele é infinitamente melhor que o nosso, e nos dignifica ao mesmo tempo em que preserva nossa realidade como criaturas. Por isso, até para nos amar - ou seja, para pensar em nós mesmos devidamente (Rm 12.3) - precisamos do amor de Deus.
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