Convido você hoje, leitor irmão, a exaltar comigo o fato de que Deus nos chama para participar de Seus sentidos ocultos, revelando-nos aspectos de nossas vidas que, de outra forma, permaneceriam para sempre pontos cegos para nós. De um modo tão generoso, Ele permite que mesmo a dor que experimentamos devido a um pecado que demora a ser identificado e debelado por completo seja integrada a uma rede de sentidos, atrelada à experiência, para que compreendamos como Ele faz repousar nossa vida - começo, meio e fim - em Suas mãos, nas únicas mãos que sustentam todo sentido último. É apenas assim que, longe da proeminência das discussões filosóficas intermináveis sobre o problema do sofrimento, poderemos até mesmo cometer aquela loucura genuinamente bíblica de agradecer a Deus pelo mal - "Deus deu, Deus tomou, bendito seja o nome do Senhor".
A Ele toda glória! Mesmo quando não compreendemos, sabemos que um dia tudo se tornará claro, por causa das pequenas luzes que já vislumbramos aqui e ali - e que já são, de fato, demais para nossos olhos.