É consenso entre biólogos que a destruição de um ovo de tartaruga configura um "crime contra a natureza", e o Projeto Tamar cuida para que o maior número possível de tartaruguinhas possa nascer e superar as intempéries naturais para desenvolver-se com tranqüilidade.
É consenso entre feministas politicamente corretas que a destruição de um óvulo humano fertilizado configura um "direito reprodutivo da mulher", e o Projeto Matar cuida para que o maior número possível de mulheres possa exercer o "direito" de destruir seus filhos ainda no ventre, a qualquer tempo e por qualquer motivo.
A denominação irônica Projeto Matar dada ao projeto de lei que descriminaliza o aborto no Brasil não é de minha autoria, mas do advogado católico pró-vida Cícero Harada, que explorou em artigo a absurda contradição nos esforços hercúleos dos dois lados: um, para salvar ovos de tartaruguinhas, e outro, para condenar a vida de seres humanos ainda no útero da mãe.
Seu artigo provocou celeuma entre as feministas do grupo católico-de-fachada CDD (Católicas pelo Direito de Decidir). Em entrevista, ele trata com muita pertinência de aspectos jurídicos, biológicos e filosóficos do aborto. Não deixe de ler!
Um esforço, com a graça de Deus, de recolocar o cristianismo na via dos debates intelectuais. Não por pedantismo ou orgulho, mas por uma necessidade quase física de dar nomes às minhas intuições e contornar o status quo das idéias hegemônicas deste mundo.
25 março 2006
22 março 2006
Homofobia???
Leio no Globo de hoje essa notícia:
RIO - Representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneres estiveram nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, em Brasília, pedindo apoio aos líderes dos partidos para o projeto de lei de autoria da deputada federal Iara Bernardi (PT/SP), que propõe a punição por discriminação ou preconceito de gênero e orientação sexual, além da criminalização deste tipo de atitude no Código Penal. Segundo Cláudio Nascimento, secretário de direitos humanos da associação, nove líderes de partidos assinaram requerimento para que o projeto entre na pauta de votação do Congresso ainda neste primeiro semestre.
Resta perguntar o que exatamente será considerado "discriminação ou preconceito de gênero e orientação sexual", e em que esse crime será diferente dos crimes já previstos no Código Penal: difamação, atentado à honra etc. Afinal, se alguém é xingado de "v..." ou "p..." na rua, a difamação não cobriria esse caso? Creio que sim. Mas então, para quê o projeto? Chequei-o na internet e não encontrei nada de específico ali.
Porém, posso dizer que espero o pior com relação a essa lei, apenas por um motivo: a agressividade do lobby gay - que, felizmente, não seduz os gays em geral, mas os partidários do politicamente correto. Afinal, o pensamento politicamente correto tem uma característica muito bem descrita e exemplificada por John M. Ellis em Literature Lost: a incapacidade de nuançar o raciocínio. Politicamente corretos, fiéis à cartilha dicotômica marxista, costumam ver o mundo em preto ou branco, esquecendo todos os tons de cinza que vão de um a outro. É por isso que, segundo Ellis, professores e estudantes da área de humanas que simpatizam com o marxismo dirão, quase obrigatoriamente, que "tudo é subjetivo" com base no argumento de que "é impossível obter-se uma análise puramente objetiva". Ora, desenganados pela impossibilidade de uma objetividade pura, optam por uma dificilmente possível subjetividade pura.
Esse erro lógico é encontrado em muitas outras obsessivas afirmações dos expoentes do marxismo cultural: "a verdade não existe", "não há real, só representações do real", "não há pesquisas desinteressadas, só com fins políticos". Todas elas deixam de considerar o caminho do meio: não conhecemos a verdade toda, mas ela existe; não temos acesso completo ao real, mas aproximações válidas que nos dão uma dimensão verdadeira do real; há pesquisas mais desinteressadas que outras. O que nos dá uma idéia da doença do pensamento que se perpetua: a dicotomia da realidade e a adoção incondicional de uma das pontas, com o correlato apagamento do outro lado, como se nunca houvesse sido objeto de consideração. Assim, quem fala em "verdade", "real" ou "pesquisa desinteressada" é imediatamente tachado de ingênuo, pouco culto, dogmático ou burro.
O que isso tem a ver com a lei ou com o título desse post? Bom. Como todos sabem, sou cristã e creio na Bíblia, e apenas por um giro muito perigoso de interpretação textual eu deixaria de atribuir às afirmações de Paulo sobre o homossexualismo a expressão de que a prática homossexual desagrada a Deus. Preciso me curvar a essa evidência, goste ou não dela. A Bíblia chega a dizer que homossexualismo é idolatria e, diante disso, quem sou eu para negá-lo? No máximo, preciso correr atrás de filósofos cristãos - como René Girard, por exemplo - para compreender por que é assim. Por mais que tenha amigos homossexuais, por mais que entenda a dor deles, por mais que eu me doa quando me imagino na pele deles, não posso baratear minha fé com base em uma impressão pessoal ou na vontade de que Deus sempre sancione os desejos humanos.
No entanto, o lobby gay, submisso à correção política, não verá as coisas dessa maneira. Para os gays politicamente corretos, alguém como eu pertence a uma só categoria: a dos homófobos. Mesmo que eu não tenha sequer dirigido um olhar, que dirá uma palavra, de espanto ou desprezo a um gay, mesmo que tenha amigos gays, mesmo que não me sinta pessoalmente atingida por nada que pertença ao mundo gay, serei tachada assim: "homófoba". E essa etiqueta de "homófoba" será colada à minha testa apenas porque eu tenho as verdades bíblicas como um norte para a minha vida.
Se essa lei passar, imagino, prevendo o pior, eu poderei ser presa apenas por afirmar publicamente, de acordo com minha fé, que o homossexualismo não agrada a Deus. Posso nunca ter feito nada de concreto contra um gay na minha vida, como nunca fiz mesmo. Nunca tive preconceito. Nunca sequer achei feio. Estou falando a mais absoluta verdade: não há nada no homossexualismo que me afete negativamente de modo pessoal, nem nunca houve. Porém, não posso, objetivamente, igualá-lo ao amor heterossexual (não faz sentido para mim), e a Bíblia me diz que se trata de um erro. Com base em questões lógicas, portanto, pelo simples fato de não concordar com a idéia do homossexualismo, serei imediatamente, sem apelação e sem nuances, equiparada a perversos odiadores e espancadores de gays.
Se isso não é injusto, não sei o que mais pode ser.
Tudo porque os seguidores do politicamente correto, ao deixarem de nuançar o raciocínio, não conseguem mais fazer diferença entre odiar o pecado e amar o pecador: não concordar com o homossexualismo e odiar homossexuais passa a ser, para eles, uma só e mesmíssima coisa. Ambas passíveis da mesma punição jurídica, se a lei vingar.
Assim, apesar de lançar mão de raciocínios emburrecedores como o descrito por Ellis, o lobby politicamente correto nada tem de burro: sutil polícia do pensamento, conseguirá, aos poucos, diminuir a possibilidade de discordâncias. Estamos caminhando céleres rumo ao Pensamento Único. E o mais irônico é que quem o advoga utiliza a bandeira da tolerância. Toda tolerância para eles, nenhuma para quem pensa diferente deles. Mesmo que só pense, sem ofender nem ferir ninguém. Por isso temo o que farão da lei proposta: sob esse pensamento desprovido de critérios e de bom-senso, um pastor que pregue sobre o que Paulo diz em Romanos 1:26 passa a ser considerado tão perigoso, tão desrespeitador e tão homófobo quanto uma gangue de Skinheads que cuspa em um travesti. Não posso aceitar isso!
Por que os gays não conseguiriam entender que alguém pode não concordar com o homossexualismo (o que fazem) mas continuar gostando deles como pessoas (o que são)? Creio que conseguem, no entanto; quem não consegue, quem não quer conseguir, é o rico, poderoso e orgulhoso lobby gay politicamente correto - inventor de leis sem sentido e da perversa generalização da homofobia.
Para variar, é o cristianismo que corre o maior risco com mais essa ofensiva politicamente correta. O cristianismo e a liberdade de expressão. Quem não é cristão só pensará no que os cristãos perderam quando for perdedor, por sua vez. Mas então será tarde demais.
RIO - Representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneres estiveram nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, em Brasília, pedindo apoio aos líderes dos partidos para o projeto de lei de autoria da deputada federal Iara Bernardi (PT/SP), que propõe a punição por discriminação ou preconceito de gênero e orientação sexual, além da criminalização deste tipo de atitude no Código Penal. Segundo Cláudio Nascimento, secretário de direitos humanos da associação, nove líderes de partidos assinaram requerimento para que o projeto entre na pauta de votação do Congresso ainda neste primeiro semestre.
Resta perguntar o que exatamente será considerado "discriminação ou preconceito de gênero e orientação sexual", e em que esse crime será diferente dos crimes já previstos no Código Penal: difamação, atentado à honra etc. Afinal, se alguém é xingado de "v..." ou "p..." na rua, a difamação não cobriria esse caso? Creio que sim. Mas então, para quê o projeto? Chequei-o na internet e não encontrei nada de específico ali.
Porém, posso dizer que espero o pior com relação a essa lei, apenas por um motivo: a agressividade do lobby gay - que, felizmente, não seduz os gays em geral, mas os partidários do politicamente correto. Afinal, o pensamento politicamente correto tem uma característica muito bem descrita e exemplificada por John M. Ellis em Literature Lost: a incapacidade de nuançar o raciocínio. Politicamente corretos, fiéis à cartilha dicotômica marxista, costumam ver o mundo em preto ou branco, esquecendo todos os tons de cinza que vão de um a outro. É por isso que, segundo Ellis, professores e estudantes da área de humanas que simpatizam com o marxismo dirão, quase obrigatoriamente, que "tudo é subjetivo" com base no argumento de que "é impossível obter-se uma análise puramente objetiva". Ora, desenganados pela impossibilidade de uma objetividade pura, optam por uma dificilmente possível subjetividade pura.
Esse erro lógico é encontrado em muitas outras obsessivas afirmações dos expoentes do marxismo cultural: "a verdade não existe", "não há real, só representações do real", "não há pesquisas desinteressadas, só com fins políticos". Todas elas deixam de considerar o caminho do meio: não conhecemos a verdade toda, mas ela existe; não temos acesso completo ao real, mas aproximações válidas que nos dão uma dimensão verdadeira do real; há pesquisas mais desinteressadas que outras. O que nos dá uma idéia da doença do pensamento que se perpetua: a dicotomia da realidade e a adoção incondicional de uma das pontas, com o correlato apagamento do outro lado, como se nunca houvesse sido objeto de consideração. Assim, quem fala em "verdade", "real" ou "pesquisa desinteressada" é imediatamente tachado de ingênuo, pouco culto, dogmático ou burro.
O que isso tem a ver com a lei ou com o título desse post? Bom. Como todos sabem, sou cristã e creio na Bíblia, e apenas por um giro muito perigoso de interpretação textual eu deixaria de atribuir às afirmações de Paulo sobre o homossexualismo a expressão de que a prática homossexual desagrada a Deus. Preciso me curvar a essa evidência, goste ou não dela. A Bíblia chega a dizer que homossexualismo é idolatria e, diante disso, quem sou eu para negá-lo? No máximo, preciso correr atrás de filósofos cristãos - como René Girard, por exemplo - para compreender por que é assim. Por mais que tenha amigos homossexuais, por mais que entenda a dor deles, por mais que eu me doa quando me imagino na pele deles, não posso baratear minha fé com base em uma impressão pessoal ou na vontade de que Deus sempre sancione os desejos humanos.
No entanto, o lobby gay, submisso à correção política, não verá as coisas dessa maneira. Para os gays politicamente corretos, alguém como eu pertence a uma só categoria: a dos homófobos. Mesmo que eu não tenha sequer dirigido um olhar, que dirá uma palavra, de espanto ou desprezo a um gay, mesmo que tenha amigos gays, mesmo que não me sinta pessoalmente atingida por nada que pertença ao mundo gay, serei tachada assim: "homófoba". E essa etiqueta de "homófoba" será colada à minha testa apenas porque eu tenho as verdades bíblicas como um norte para a minha vida.
Se essa lei passar, imagino, prevendo o pior, eu poderei ser presa apenas por afirmar publicamente, de acordo com minha fé, que o homossexualismo não agrada a Deus. Posso nunca ter feito nada de concreto contra um gay na minha vida, como nunca fiz mesmo. Nunca tive preconceito. Nunca sequer achei feio. Estou falando a mais absoluta verdade: não há nada no homossexualismo que me afete negativamente de modo pessoal, nem nunca houve. Porém, não posso, objetivamente, igualá-lo ao amor heterossexual (não faz sentido para mim), e a Bíblia me diz que se trata de um erro. Com base em questões lógicas, portanto, pelo simples fato de não concordar com a idéia do homossexualismo, serei imediatamente, sem apelação e sem nuances, equiparada a perversos odiadores e espancadores de gays.
Se isso não é injusto, não sei o que mais pode ser.
Tudo porque os seguidores do politicamente correto, ao deixarem de nuançar o raciocínio, não conseguem mais fazer diferença entre odiar o pecado e amar o pecador: não concordar com o homossexualismo e odiar homossexuais passa a ser, para eles, uma só e mesmíssima coisa. Ambas passíveis da mesma punição jurídica, se a lei vingar.
Assim, apesar de lançar mão de raciocínios emburrecedores como o descrito por Ellis, o lobby politicamente correto nada tem de burro: sutil polícia do pensamento, conseguirá, aos poucos, diminuir a possibilidade de discordâncias. Estamos caminhando céleres rumo ao Pensamento Único. E o mais irônico é que quem o advoga utiliza a bandeira da tolerância. Toda tolerância para eles, nenhuma para quem pensa diferente deles. Mesmo que só pense, sem ofender nem ferir ninguém. Por isso temo o que farão da lei proposta: sob esse pensamento desprovido de critérios e de bom-senso, um pastor que pregue sobre o que Paulo diz em Romanos 1:26 passa a ser considerado tão perigoso, tão desrespeitador e tão homófobo quanto uma gangue de Skinheads que cuspa em um travesti. Não posso aceitar isso!
Por que os gays não conseguiriam entender que alguém pode não concordar com o homossexualismo (o que fazem) mas continuar gostando deles como pessoas (o que são)? Creio que conseguem, no entanto; quem não consegue, quem não quer conseguir, é o rico, poderoso e orgulhoso lobby gay politicamente correto - inventor de leis sem sentido e da perversa generalização da homofobia.
Para variar, é o cristianismo que corre o maior risco com mais essa ofensiva politicamente correta. O cristianismo e a liberdade de expressão. Quem não é cristão só pensará no que os cristãos perderam quando for perdedor, por sua vez. Mas então será tarde demais.
19 março 2006
Coram deo
No blog da minha querida amiga Juliana há uma entrevista com o Rev. Davi Charles Gomes, diretor do Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. Suas ênfases são tão semelhantes às minhas que a leitura da entrevista me foi uma grata e alegre surpresa.
Destaco sobretudo esses pontos: a defesa racional, apaixonada e firme da fé cristã; a crítica ao subjetivismo moderno a que também a igreja tem capitulado; e - o trecho mais belo da entrevista - a consciência constante do cristão de que tudo em nossa vida é feito para Deus: coram Deo, diante da face de Deus. Essa consciência é tão forte no ministério do Rev. Davi que ele está elaborando um site a ser disponibilizado brevemente, chamado Coram Deo.
Boa leitura!
Destaco sobretudo esses pontos: a defesa racional, apaixonada e firme da fé cristã; a crítica ao subjetivismo moderno a que também a igreja tem capitulado; e - o trecho mais belo da entrevista - a consciência constante do cristão de que tudo em nossa vida é feito para Deus: coram Deo, diante da face de Deus. Essa consciência é tão forte no ministério do Rev. Davi que ele está elaborando um site a ser disponibilizado brevemente, chamado Coram Deo.
Boa leitura!
15 março 2006
Desabafo
Se você costuma vir a meu blog somente para se horrorizar com o que escrevo e costuma pensar ou afirmar que:
- sou contra o desarmamento porque quero que as pessoas se matem com armas de fogo pela rua
- sou contra a lei da palmada porque quero que as crianças sejam espancadas e mortas pela própria família
- sou contra o aborto porque quero que as mulheres não possam decidir livremente suas vidas
- por causa disso, devo ser chamada de "fascista" (segundo Umberto Eco em Cinco escritos (i)morais) por dizer o que digo...
...por favor, não venha mais aqui. Seus olhos são cheios de malícia. Você me julga segundo a maldade que deixa de ver em si mesmo e empurra para quem não merece. Seria bom que você descobrisse que é o que poderia se chamar um analfabeto funcional: não entende o que lê e interpreta tudo segundo uma ótica viciada pelo marxismo-gramscismo. Sua mente está cheia de caminhos tortuosos que levam sempre aos mesmos lugares cheios de ressentimento, autovitimação, revanchismo, hipocrisia.
É sério. Não venha mais. Eu não escrevo para você.
Ou melhor: venha, mas somente se pretender um dia abdicar do que hoje pensa de mim – e da vida.
- sou contra o desarmamento porque quero que as pessoas se matem com armas de fogo pela rua
- sou contra a lei da palmada porque quero que as crianças sejam espancadas e mortas pela própria família
- sou contra o aborto porque quero que as mulheres não possam decidir livremente suas vidas
- por causa disso, devo ser chamada de "fascista" (segundo Umberto Eco em Cinco escritos (i)morais) por dizer o que digo...
...por favor, não venha mais aqui. Seus olhos são cheios de malícia. Você me julga segundo a maldade que deixa de ver em si mesmo e empurra para quem não merece. Seria bom que você descobrisse que é o que poderia se chamar um analfabeto funcional: não entende o que lê e interpreta tudo segundo uma ótica viciada pelo marxismo-gramscismo. Sua mente está cheia de caminhos tortuosos que levam sempre aos mesmos lugares cheios de ressentimento, autovitimação, revanchismo, hipocrisia.
É sério. Não venha mais. Eu não escrevo para você.
Ou melhor: venha, mas somente se pretender um dia abdicar do que hoje pensa de mim – e da vida.
"As coisas não-ditas apodrecem em nós."
Nelson Rodrigues
12 março 2006
Artigo no MSM - ainda Caio Fábio
Camuflagens lingüísticas
Resumo: Longe de se restringir à esfera pessoal, o posicionamento público de Caio Fábio em favor de um aborto eugênico pode até vir travestido lingüisticamente de "bem", mas configura nada menos que crime previsto na legislação brasileira.
Boa leitura!
Resumo: Longe de se restringir à esfera pessoal, o posicionamento público de Caio Fábio em favor de um aborto eugênico pode até vir travestido lingüisticamente de "bem", mas configura nada menos que crime previsto na legislação brasileira.
Boa leitura!
08 março 2006
Coisa de maluco: "passando mal"
Olavo de Carvalho escreveu em um artigo:
Impressionar pela intensidade da exibição emocional é o truque mais besta do mentiroso, mas, neste país, quando as pessoas não têm como refutar uma idéia, jogam contra ela a expressão hipertrofiada de suas reações psicofísicas: Me dá nojo, Me dá ânsia de vômito. Isso funciona mais do que qualquer argumento racional. Apelando à identificação instintiva do ouvinte com um sentimento de repulsa orgânica, extingue nele o simples desejo de se informar sobre a idéia abominável. É a maneira mais fácil e rápida de levar um sujeito a odiar o que desconhece. “Ensino universitário”, no Brasil de hoje, consiste em adestrar a juventude nessas reações automatizadas.
Veja agora no Orkut essas "críticas" muito racionais e objetivas a meu blog.
Eu poderia acrescentar: no caso específico, a identificação não só se dá com o sentimento de repulsa orgânica (veja os termos: passar mal, nojo, embrulhar o estômago etc.), mas também há associações a expressões pejorativas sem explicação (caça às bruxas, terrorismo teológico) e, muito estranhamente, a menção gratuita a um episódio violento da ditadura militar para justificar o nojo a meu blog - e ainda o acréscimo do econômico comentário: "é a mesma linguagem". Hã? Como assim?
Coisa de maluco, não?
O mais engraçado é que, com raras exceções, essas pessoas se dizem "de esquerda" em seus perfis, além de se posicionarem como liberais teologicamente. Ora, liberais e esquerdistas costumam sempre se gabar de serem intelectuais e dizer que os "fundamentalistas" (como me rotulam) é que são os anti-intelectuais. Com argumentos intelectualíssimos como esses para difamar meu blog no Orkut, é para rir.
Isso sem mencionar as palavras maldosas do final, que me pintam muito amorosamente com esses termos exatos: sem humildade, pretensiosa, farisaica, "gente que não vale a pena", "gente que só pensa em si", "mosca chata" e finalmente, como não poderia deixar de ser, falsa cristã. Só.
Gentis, não é?
Mas, como todos eles se declaram cristãos, deixo algumas palavras para esse tipo de procedimento:
Bem aventurado o homem
que não anda no conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores.
(Salmo 1:1)
O ódio excita contendas,
mas o amor cobre todas as transgressões.
(Provérbios 10:12)
Alguém há com cuja tagarelice é como pontas de espada,
mas a língua dos sábios é medicina.
(Provérbios 12:18)
O homem perverso espalha contendas,
e o difamador separa os melhores amigos.
(Provérbios 16:28)
Não julgueis, para que não sejais julgados.
(Mateus 7:1)
Impressionar pela intensidade da exibição emocional é o truque mais besta do mentiroso, mas, neste país, quando as pessoas não têm como refutar uma idéia, jogam contra ela a expressão hipertrofiada de suas reações psicofísicas: Me dá nojo, Me dá ânsia de vômito. Isso funciona mais do que qualquer argumento racional. Apelando à identificação instintiva do ouvinte com um sentimento de repulsa orgânica, extingue nele o simples desejo de se informar sobre a idéia abominável. É a maneira mais fácil e rápida de levar um sujeito a odiar o que desconhece. “Ensino universitário”, no Brasil de hoje, consiste em adestrar a juventude nessas reações automatizadas.
Veja agora no Orkut essas "críticas" muito racionais e objetivas a meu blog.
Eu poderia acrescentar: no caso específico, a identificação não só se dá com o sentimento de repulsa orgânica (veja os termos: passar mal, nojo, embrulhar o estômago etc.), mas também há associações a expressões pejorativas sem explicação (caça às bruxas, terrorismo teológico) e, muito estranhamente, a menção gratuita a um episódio violento da ditadura militar para justificar o nojo a meu blog - e ainda o acréscimo do econômico comentário: "é a mesma linguagem". Hã? Como assim?
Coisa de maluco, não?
O mais engraçado é que, com raras exceções, essas pessoas se dizem "de esquerda" em seus perfis, além de se posicionarem como liberais teologicamente. Ora, liberais e esquerdistas costumam sempre se gabar de serem intelectuais e dizer que os "fundamentalistas" (como me rotulam) é que são os anti-intelectuais. Com argumentos intelectualíssimos como esses para difamar meu blog no Orkut, é para rir.
Isso sem mencionar as palavras maldosas do final, que me pintam muito amorosamente com esses termos exatos: sem humildade, pretensiosa, farisaica, "gente que não vale a pena", "gente que só pensa em si", "mosca chata" e finalmente, como não poderia deixar de ser, falsa cristã. Só.
Gentis, não é?
Mas, como todos eles se declaram cristãos, deixo algumas palavras para esse tipo de procedimento:
Bem aventurado o homem
que não anda no conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores.
(Salmo 1:1)
O ódio excita contendas,
mas o amor cobre todas as transgressões.
(Provérbios 10:12)
Alguém há com cuja tagarelice é como pontas de espada,
mas a língua dos sábios é medicina.
(Provérbios 12:18)
O homem perverso espalha contendas,
e o difamador separa os melhores amigos.
(Provérbios 16:28)
Não julgueis, para que não sejais julgados.
(Mateus 7:1)
06 março 2006
Esse é Evo Morales...
Pela internet, o jornalista Ipojuca Pontes assistiu a uma entrevista-relâmpago do repórter Jorge Ramos, da Televisão Espanhola, com o presidente Evo Morales, da Bolívia. Vejam a "transparência" e a "delicadeza" do cocalero boliviano recém-eleito.
Repórter – O que muitos temem é que o seu governo se assemelhe ao autoritarismo de Hugo Chávez ou à ditadura de Fidel Castro. Você já disse que admira Fidel Castro, não é?
Morales – Com ativo respeito. Eu o respeito e admiro. Porque lá há democracia, viu!
Repórter – Perdão. Está dizendo que em Cuba há democracia?
Morales – Se bem... Fidel Castro... está lá... estourou a revolução...
Repórter – Perdão, a pergunta que faço é muito simples: para você, Fidel Castro é um ditador ou não é?
Morales – Para mim ele é homem democrático, que defende a vida, que tem sensibilidade humana. Se para você ele é ditador, o problema é seu, não é meu problema. [O subjetivismo faz mesmo escola entre os esquerdistas...]
Repórter – Você chegou ao poder pelo voto. E não pede liberdade para os cubanos?
Morales – Eu tenho respeito... Não sou hipócrita...
Repórter – Eu pergunto: e isto não é uma hipocrisia?
Morales – A hipocrisia vem de suas perguntas. Eu quero pedir muito respeito. As perguntas são sobre a situação econômica do meu país. O que você está querendo é uma confrontação política internacional. E isso não é permitido!
Quando Jorge Ramos atende ao futuro ditador e pergunta sobre o delicado problema do narcotráfico, esteio da economia boliviana, Morales se levanta, retira o microfone e diz:
- Termina aqui.
O repórter insiste, olhando o relógio:
- Temos ainda 6 minutos e 40 segundos...
Morales, piscando de ódio, aponta a saída para o repórter e assim, de modo abrupto, encerra a entrevista que não começou.
Leia o restante do ótimo artigo de Ipojuca Pontes aqui.
Observação que não pode calar: que falta faz um repórter desses por aqui, hein? Shame on you, jornalistas brasileiros, que não têm nem isenção, nem fibra, nem inteligência para pegar um petistazinho dos nossos pelo pescoço!
Repórter – O que muitos temem é que o seu governo se assemelhe ao autoritarismo de Hugo Chávez ou à ditadura de Fidel Castro. Você já disse que admira Fidel Castro, não é?
Morales – Com ativo respeito. Eu o respeito e admiro. Porque lá há democracia, viu!
Repórter – Perdão. Está dizendo que em Cuba há democracia?
Morales – Se bem... Fidel Castro... está lá... estourou a revolução...
Repórter – Perdão, a pergunta que faço é muito simples: para você, Fidel Castro é um ditador ou não é?
Morales – Para mim ele é homem democrático, que defende a vida, que tem sensibilidade humana. Se para você ele é ditador, o problema é seu, não é meu problema. [O subjetivismo faz mesmo escola entre os esquerdistas...]
Repórter – Você chegou ao poder pelo voto. E não pede liberdade para os cubanos?
Morales – Eu tenho respeito... Não sou hipócrita...
Repórter – Eu pergunto: e isto não é uma hipocrisia?
Morales – A hipocrisia vem de suas perguntas. Eu quero pedir muito respeito. As perguntas são sobre a situação econômica do meu país. O que você está querendo é uma confrontação política internacional. E isso não é permitido!
Quando Jorge Ramos atende ao futuro ditador e pergunta sobre o delicado problema do narcotráfico, esteio da economia boliviana, Morales se levanta, retira o microfone e diz:
- Termina aqui.
O repórter insiste, olhando o relógio:
- Temos ainda 6 minutos e 40 segundos...
Morales, piscando de ódio, aponta a saída para o repórter e assim, de modo abrupto, encerra a entrevista que não começou.
Leia o restante do ótimo artigo de Ipojuca Pontes aqui.
Observação que não pode calar: que falta faz um repórter desses por aqui, hein? Shame on you, jornalistas brasileiros, que não têm nem isenção, nem fibra, nem inteligência para pegar um petistazinho dos nossos pelo pescoço!
03 março 2006
As origens do politicamente correto
Muita gente no Brasil ignora a correlação entre marxismo e pensamento politicamente correto. O artigo As origens do politicamente correto é muito elucidativo para mostrar que o "PPC", de fato, equivale-se ao marxismo cultural, cria do marxismo econômico.
Abaixo, um trecho. As partes em azul são comentários meus.
A teoria marxista dizia que quando a guerra generalizada na Europa chegasse (como aconteceu em 1914), a classe trabalhadora da Europa iria se levantar e derrubar seus respectivos governos – os governos burgueses. (...) Bem, 1914 chegou e isso não aconteceu.
Alguma coisa estava errada. Os marxistas sabiam que, por definição, esse algo não poderia ser a teoria. [Pois não baseiam sua teoria na realidade, mas no que querem que seja a realidade. Uma frase-emblema de Marx é inspirada em um de seus autores preferidos, Feuerbach: transformar o mundo em vez de entendê-lo.] E dois marxistas começaram a pensar nisso: Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria. Gramsci disse que os trabalhadores jamais iriam perceber os seus verdadeiros interesses de classe, como assim definidos pelo marxismo, até serem libertos da cultura ocidental, particularmente do Cristianismo, uma vez que todos eles estavam cegos pela religião e pela cultura aos seus reais interesses de classe. Lukacs, que foi considerado o teórico marxista mais brilhante desde o próprio Marx, perguntou-se, em 1919: "Quem irá nos salvar da cultura ocidental?" Ele também teorizou que o grande obstáculo à criação do paraíso marxista era a cultura e, por conseguinte, a própria civilização ocidental.
Não duvide, portanto: os ataques aos valores judaico-cristãos da civilização ocidental estão ligados ao marxismo desde a origem. Esses ataques, sob a forma de "teorias", previnem o espírito das pessoas, na mídia, em escolas e universidades, contra o cristianismo, com o objetivo de transformar cada cidadão normal em um pequeno anticristão militante. Por isso, creio firmemente que nenhum cristão pode apoiar o marxismo - seja em sua vertente econômica, seja em sua vertente cultural. Creio também que o pensamento politicamente correto será (ou já é) a base ideológica sobre a qual se assentará o Anticristo.
A quem não acredita nessas coisas, recomendo mais leituras, pois nada disso deixa de ter fortes evidências na história, na filosofia, na política, na cultura e no comportamento de um número cada vez maior de países e pessoas em todo o mundo. Que Deus abra os olhos da igreja.
Abaixo, um trecho. As partes em azul são comentários meus.
A teoria marxista dizia que quando a guerra generalizada na Europa chegasse (como aconteceu em 1914), a classe trabalhadora da Europa iria se levantar e derrubar seus respectivos governos – os governos burgueses. (...) Bem, 1914 chegou e isso não aconteceu.
Alguma coisa estava errada. Os marxistas sabiam que, por definição, esse algo não poderia ser a teoria. [Pois não baseiam sua teoria na realidade, mas no que querem que seja a realidade. Uma frase-emblema de Marx é inspirada em um de seus autores preferidos, Feuerbach: transformar o mundo em vez de entendê-lo.] E dois marxistas começaram a pensar nisso: Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukacs na Hungria. Gramsci disse que os trabalhadores jamais iriam perceber os seus verdadeiros interesses de classe, como assim definidos pelo marxismo, até serem libertos da cultura ocidental, particularmente do Cristianismo, uma vez que todos eles estavam cegos pela religião e pela cultura aos seus reais interesses de classe. Lukacs, que foi considerado o teórico marxista mais brilhante desde o próprio Marx, perguntou-se, em 1919: "Quem irá nos salvar da cultura ocidental?" Ele também teorizou que o grande obstáculo à criação do paraíso marxista era a cultura e, por conseguinte, a própria civilização ocidental.
Não duvide, portanto: os ataques aos valores judaico-cristãos da civilização ocidental estão ligados ao marxismo desde a origem. Esses ataques, sob a forma de "teorias", previnem o espírito das pessoas, na mídia, em escolas e universidades, contra o cristianismo, com o objetivo de transformar cada cidadão normal em um pequeno anticristão militante. Por isso, creio firmemente que nenhum cristão pode apoiar o marxismo - seja em sua vertente econômica, seja em sua vertente cultural. Creio também que o pensamento politicamente correto será (ou já é) a base ideológica sobre a qual se assentará o Anticristo.
A quem não acredita nessas coisas, recomendo mais leituras, pois nada disso deixa de ter fortes evidências na história, na filosofia, na política, na cultura e no comportamento de um número cada vez maior de países e pessoas em todo o mundo. Que Deus abra os olhos da igreja.
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